Três usinas estão começando o trabalho e outras dez funcionarão até setembro. Colheita deve atingir 12,5 milhões de toneladas.
Prevendo uma colheita de 12,5 milhões de toneladas, o setor sucroenergético pernambucano está dando início à moagem da cana-de-açúcar da safra 2018/2019. Segundo o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), três usinas estão começando o trabalho na Zona da Mata Norte e outras dez devem começar a funcionar até setembro na Zona da Mata Centro e na Zona da Mata Sul. “Nesta safra, 13 usinas vão moer cana em Pernambuco. E as primeiras já estão entrando em operação na Zona da Mata Norte, onde o verão chega mais cedo, propiciando melhores condições de colheita. Mas, até 10 de setembro, outras usinas vão iniciar a moagem, que vai até fevereiro ou março do ano que vem”, contou o presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha, que espera moer mais cana que na safra passada.
A expectativa é ampliar em 14% a produção estadual de cana-de-açúcar nesta safra, saindo de 10,9 milhões para 12,5 milhões de toneladas. “A melhor distribuição das chuvas ocorridas de janeiro a maio deste ano favoreceu a recuperação da safra”, explicou Cunha.
Por conta disso, o número de postos de trabalho criados nas usinas também vai crescer, saltando de 60 mil para 71 mil empregos diretos. “A agricultura da cana é muito social em Pernambuco porque gera muito emprego. Portanto, o início da moagem favorece a circulação de renda, aumenta a arrecadação de tributos e movimenta o comércio das cidades pernambucanas”, diz.
Produção
Com a recuperação da safra, o setor também pretende ampliar a fabricação de açúcar e etanol. A expectativa é de aumentar em 11% a produção açucareira e em 23% a alcooleira, saindo de 756 mil para 851 mil toneladas de açúcar e de 324 milhões para 410 milhões de litros de etanol.
“O etanol vai preponderar no destino da cana porque esta safra será mais alcooleira que a safra passada. Cerca de 57% da cana será direcionada para a produção de etanol”, explicou Cunha, dizendo que o setor pernambucano segue uma tendência nacional ao priorizar este produto na sua área produtiva. “Com as altas da gasolina, o etanol tem tido um preço mais competitivo”, explicou Cunha.
Fonte: Folha de Pernambuco