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Primeiro trimestre do ano é pautado por indefinições econômicas e tensões comerciais entre China-EUA, travando decisões no agronegócio

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Nesta quinta-feira (24) a equipe de Inteligência de Mercado da INTL FCStone lança sua 17ª edição do Relatório Trimestral de Perspectivas. O prognóstico para os mercados de commodities e de moedas neste primeiro trimestre de 2019 continua a ser contaminado pelas preocupações com a desaceleração da economia mundial. “Essa conjuntura é resultante da guerra comercial travada entre Estados Unidos e China e da perda de dinâmica da economia chinesa e das principais economias da Zona do Euro, podendo ser deteriorada ainda mais no caso de um Brexit sem acordo e de impactos significativos dos já 33 dias de shutdown sobre o crescimento da economia americana no primeiro trimestre”, afirma o Analista de Mercado da consultoria INTL FCStone, Vitor Andrioli.

Segundo a visão da consultoria, considerando o contexto internacional adverso, o Brasil precisará de boas notícias para sustentar o otimismo dos investidores com a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao poder e da aprovação de medidas econômicas que propiciem melhora no ambiente de negócios e promovam a retomada do crescimento.

“Entre os desafios do novo governo neste primeiro trimestre está a articulação com o Congresso eleito no ano passado e a aprovação de uma reforma da Previdência que apazigue as dúvidas do mercado em relação à sustentabilidade do endividamento público brasileiro”, lembra o analista Andrioli.

No radar dos grãos, a tensão comercial entre EUA e China deve guiar os mercados de soja, milho e algodão, no que diz respeito às definições de área plantada norte-americana no ciclo 2019/20. Pelo lado da demanda, a queda das importações chinesas de soja e a gripe suína africana preocupam, e a queda no consumo contribui para reduzir os impactos das perdas na América do Sul.

Já em relação ao setor sucroenergético, a INTL FCStone ressalta que os baixos patamares de preço do petróleo e os elevados estoques de álcool podem fazer com que as cotações do biocombustível permaneçam pressionadas, podendo até mesmo estender as quedas nas próximas semanas. Vale destacar que, embora as perspectivas de alta para o óleo bruto e a forte demanda doméstica pelo etanol possam limitar essa tendência, o contexto para o setor alcooleiro brasileiro é majoritariamente baixista no 1º trimestre do ano.

No mercado de açúcar, o déficit global esperado para a safra atual deve continuar dando sustentação para os preços, principalmente se as perspectivas do mercado se mantiverem negativas para a próxima safra na Índia, Tailândia e União Europeia. “O Brasil deve ser fiel da balança entre oferta e demanda global, uma vez que preços muito favoráveis ao açúcar perante o etanol levariam a rápido aumento na produção do primeiro. Com isso, a correlação entre os dois mercados deve crescer e será determinante para o direcionamento dos preços internacionais do açúcar”, explica a consultoria, em relatório.

 

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