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Setor sucroalcooleiro vai impulsionar crescimento de estado brasileiro

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A projeção do setor sucroalcooleiro de dobrar sua produção em apenas dois anos é um dos fatores que colocam Mato Grosso como um dos poucos estados brasileiros com projeção de crescimento econômico em 2019. A forte presença do agronegócio será fator preponderante para que o Estado não fique aos efeitos do chamado “rescaldo da recessão”.

Mato Grosso é o terceiro, entre os oito estados brasileiros, que deverá se recuperar da crise mais rapidamente em 2019. O crescimento esperado é de 5,5% no Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com a Tendências – Consultoria Financeira, que aponta estados cujas economias são fortemente influenciadas pelo agronegócio e mineração.

A perspectiva é que além de Mato Grosso, Pará (+11,3%), Roraima (+6,9%), Mato Grosso do Sul (+2,1%), Santa Catarina (+1,9%), Rondônia (+1,2%), Tocantins (+0,9%) e Amazonas (+0,4%) serão os únicos a apresentar crescimento no PIB no próximo ano. Estes estados apresentarão melhor desempenho econômico em 2019, ao contrário daqueles cuja economia é baseada na indústria, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

No cenário mato-grossense, destaque para o crescimento da indústria sucroalcooleira, que projeta para o ano de 2020 um salto na produção de etanol dos atuais 1,5 bilhão de litros para 3 bilhões. A projeção é baseada em dois fatores: matéria-prima em abundância, neste caso o milho, e a expansão do mercado consumidor.

Com a produção a plena carga (não somente de etanol, mas também considerando os derivados DDG, bioeletricidade e óleo de milho bruto), uma indústria injeta, a cada ano, R$ 910 milhões na economia nacional e R$ 716 milhões no Estado. Com isso, há a arrecadação de R$ 73 milhões para os cofres públicos, sendo R$ 41 milhões ao Tesouro estadual.

“O milho tem sacudido os setores de DDG e etanol em Mato Grosso. Principalmente por causa do DDG, que é um subproduto extraído do grão, a partir da produção do etanol, e que é considerado uma das melhores opções de alimento para as criações de gado, suínos e aves, do qual também somos os maiores produtores”, explica Silvio Cezar Pereira Rangel, presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool/MT).

O DDG ou (Dried Distillers Grains) é a sigla em inglês para Grãos Secos de Destilaria ou Grãos de Destilaria, produto que é utilizado na alimentação animal em substituição parcial do milho, apresentando resultados superiores em qualidade e custo quando comparados ao do farelo de soja. Apesar de ser um insumo relativamente novo no mercado brasileiro, o DDG está presente nos confinamentos norte-americanos há mais de 25 anos.

No Brasil, o DDG começou a ser produzido nas usinas flex de Mato Grosso a partir de 2013. “Com um rebanho de 30 milhões de cabeças de gado, nove milhões de suínos, mais a avicultura e a piscicultura crescendo, há uma demanda enorme em Mato Grosso”, aponta Rangel.

Com 11 unidades produtoras de etanol e mais três para entrar em operação até 2020, o setor gera atualmente 10 mil empregos diretos e 40 mil indiretos.

Mercado

Com uma produção crescente, o mercado consumidor não é preocupação para o setor, que aposta nas exportações. “A procura por combustíveis sustentáveis, que gerem pouco impacto ambiental, é cada vez maior e tem se tornado lei nos países mais desenvolvidos. Um exemplo é a China, que possui um dos maiores índices mundiais de poluição do ar, e anunciou que pretende aumentar em 10% o etanol na gasolina, em todo país, até 2020”, aponta Silvio.

Hoje, o gigante asiático consome cerca de 140 bilhões de litros de gasolina por ano, podendo chegar a 160 bilhões em 2020. Atualmente, o país produz apenas 3,5 bilhões de litros de etanol, com estimativa de ampliar em 9,5 bilhões em dois anos, mas, mesmo assim, haveria um déficit de aproximadamente 7 bilhões de litros, que deverão ser importados.

Texto extraído do portal Cenário MT

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