Home Sem categoria Açúcar: moagem e clima deverão ditar preços
Sem categoria

Açúcar: moagem e clima deverão ditar preços

Compartilhar

Durante o mês de março deste ano, os preços de açúcar apresentaram quedas consecutivas, saindo dos patamares dos US$16/lp para US$ 14/lp.

Segundo análise do banco Itaú BBA, a tela de maio de 21 finalizou o mês de abril em US$14,71/lp, queda de 9,2% comparado com fevereiro de 2021.

Neste período, três fatores importantes estiveram relacionados com a queda dos preços: as exportações de açúcar indiano, início da safra 2021/22 na região Centro-Sul e a redução da posição comprada dos fundos especulativos.

“Em relação a Índia, com a retomada das exportações de açúcar após enfrentar problemas logísticos, adicionado às notícias de que as exportações seriam maiores do que os 5 milhões de toneladas estimados pelo mercado, aumentou a percepção de conforto na oferta mundial no curto prazo”, afirmam os analistas do banco.

O início da safra 2021/22 na região Centro-Sul também colocou no mercado o sentimento de oferta suficiente durante o período de moagem, principalmente com a expectativa de produção de açúcar maximizada e grande volume do produto já fixado.

No Brasil, os preços do açúcar continuam apresentando patamares favoráveis com valores ao redor dos R$ 2.000 por t, sendo que cerca de 85% do açúcar da safra 2021/22 já está travado na bolsa.

Desenvolvimento da safra e clima podem ser decisivos para preços

Mesmo com os spreads – que é a diferença dos preços entre os contratos de NY com datas de expirações distintas – demonstrando um conforto no balanço de O&D nos próximos meses, alguns pontos podem mudar essa tendência.

O primeiro deles é a Índia, que mesmo com boas expectativas dos volumes das exportações, até o final de março foram embarcadas apenas 2,2 milhões de toneladas. De acordo com os analistas do Itaú BBA, o embarque do volume remanescente tem que ocorrer em breve, pois a chegada do período chuvoso no país dificulta a saída do açúcar.

Outro ponto importante é o desenvolvimento da safra brasileira na região Centro-Sul. De acordo com o banco, alguns fatores de grande relevância podem impactar positivamente no preço do adoçante.

“A questão da produtividade da cana a ser colhida será um ponto importante a ser acompanhado, pois impactará diretamente no volume de cana disponível para moagem”, explicam os analistas.

Eles lembram que em 2020 houve um período seco, que atrasou o desenvolvimento da cana e nos meses de fevereiro e março de 2021 o volume de chuvas em grande parte das regiões canavieiras foi abaixo da média histórica, ou seja, se a cana for colhida antes de completar seu ciclo de desenvolvimento apresentará quebra na produtividade.

“Além disso, os preços de etanol, que é o concorrente direto do açúcar pelo ATR, com o balanço de O&D do mercado interno mais enxuto, podem ficar mais elevados durante a safra”, alertam os analistas do Itaú BBA.

Uma virada no mix de produção não é tão viável economicamente, mas os analistas acreditam que parte do ATR que não estiver contratado pode virar para o biocombustível caso seja mais remunerador.

Por Natália Cherubin, com informações do Itaú BBA

Compartilhar
Artigo Relacionado
Renovabio
Sem categoria

MME abre consulta pública sobre metas de descarbonização do RenovaBio para 2026-2035

O Ministério de Minas e Energia (MME) abriu nesta quinta-feira (11) a...

MercadoSem categoria

Conab mantém projeção de recorde de produção de grãos em 2024/25

Companhia estima colheita de 322,4 milhões de toneladas, volume 8,2% maior do...

AgrícolaSem categoriaÚltimas Notícias

Monitoramento de produtividade de cana-de-açúcar com o uso do NDVI

A cana-de-açúcar é uma das principais culturas agrícolas do Brasil e de...

Sem categoria

Cbios: Governo pretende transferir regulação de títulos

A responsabilidade sobre a regulação financeira dos Cbios (Créditos de Descarbonização) poderá...