O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira (14) que o aumento da mistura de etanol na gasolina, de 27% para 30%, deverá ser votado na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
“Eu acho que pode entrar na próxima reunião”, declarou durante painel no 3º Congresso da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho). “Temos a discussão para passar a mistura de 27% para 30%. Os testes deram positivos, tanto em quatro rodas quanto em duas rodas. Está bem encaminhado”, completou.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, já havia sinalizado que o tema está pacificado e que o novo percentual deverá ser oficializado em breve.
Alckmin ainda anunciou que o governo deve lançar em breve o IPI verde, uma medida que prevê a redução de impostos para veículos elétricos, híbridos e movidos a etanol.
Exportações para a China
Durante o evento, Alckmin também celebrou a abertura do mercado chinês para o DDG (grãos secos de destilaria), coproduto das usinas de etanol de milho usado na alimentação animal. Segundo o ministro, a medida fortalece ainda mais o crescimento do etanol de milho no Brasil.
“A China, que tinha aberto seu mercado para o sorgo, agora, na viagem do presidente Lula, abriu mercado para o DDG. Isso abre enorme possibilidade de exportação”, afirmou.
Plano Safra 2025/26
Sobre o Plano Safra 2025/26, Alckmin destacou que o novo ciclo deverá ser ainda maior que os anteriores, que bateram recordes em volume de recursos. Ele também apontou a necessidade de reforçar o seguro rural, especialmente diante dos impactos das mudanças climáticas.
“O Plano Safra nesse momento está sendo discutido. Os dois últimos foram recordes, este precisa ser maior”, disse. “O seguro rural vai ter que crescer porque as mudanças climáticas são uma realidade”, afirmou.
Alckmin também defendeu a criação de um planejamento de longo prazo para evitar a pressão anual sobre a definição da política agrícola. A proposta é uma das principais reivindicações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).