BP Bunge, que hoje tem 13% de colaboradoras mulheres, conta com ações para ampliar sua participação

A BP Bunge, com 11 unidades sucroenergéticas em cinco estados do Brasil e capacidade de 32,4 milhões de toneladas, mas com três anos de atuação, desde a joint venture entre BP e Bunge, tem hoje 13%  do seu quadro de funcionários ocupado por mulheres.

“Desde a nossa formação, buscamos sempre um ambiente de trabalho respeitoso e inclusivo, pois acreditamos que visões e olhares diferentes contribuem para o desenvolvimento de todos. Considerando o cenário existente da formação da joint venture, tivemos um crescimento nos últimos 3 anos na quantidade de mulheres contratadas na empresa”, afirma César Bresciani, diretor de Recursos Humanos, BP Bunge Bioenergia.

De acordo com o recorte por diversidade e gênero, que mostra a participação feminina na BP Bunge, 46% delas estão na área administrativa, 21% trabalham na indústria e 8% na área Agrícola.

“Historicamente, o setor sucroenergético foi ocupado predominantemente por homens. De 10 anos para cá, as empresas do agronegócio vêm se mobilizando para transformar esse cenário. A modernização das indústrias e a chegada da mecanização têm corroborado para esse avanço com suas novas tecnologias. Na BP Bunge, temos mulheres atuando em turnos em nossas operações. Do total das que trabalham na área industrial, 21% trocam de turno e, na área agrícola, 22% das mulheres atuam em escala”, revela Bresciani.

A busca pela diversidade, equidade e inclusão sempre estiveram presentes no DNA da BP Bunge. Segundo o diretor de RH, guiada pelo valor “respeito”, todas as ações e fomentos culturais reforçam o quanto a companhia acredita e promove, através de seus processos seletivos e programas de desenvolvimento, a inserção feminina nas suas diversas áreas. “Aumentamos o número de mulheres nos processos de atração de talentos e trabalhamos vagas de liderança de maneira afirmativa”, explica Bresciani.

A companhia também estabeleceu metas de aumentar a quantidade de mulheres em seus programas de porta de entrada. No Trainees 2023/24, por exemplo, das 12 vagas preenchidas, 5 são mulheres. Além de ações ligadas aos processos de atração, a companhia prevê iniciar programas de capacitações técnicas nas operações que fomentem o desenvolvimento de mulheres internamente e nas comunidades que atua.

“Gratidão é a palavra certa para definir o que eu sinto pela oportunidade de hoje ocupar esse lugar”, diz Lorraine.

“Os desafios de atração de mulheres não estão diretamente ligados a trabalharem em escala, e sim, às experiências no setor e à formação técnica para atuar em áreas específicas, tanto na indústria quanto na agrícola. O que irá nos ajudar ainda mais a alavancar esses números é um plano de capacitação técnico para novas entrantes e para as mulheres que já são colaboradoras”, complementa o diretor de RH da BP Bunge.

Lorraine Sanches, hoje gerente Agrícola da unidade Guariroba, em Pontes Gestal, SP, conta que entrou na empresa como Especialista de Processos Agrícolas de Mecanização na unidade Moema, na cidade de Orindiúva, SP, onde desenvolveu projetos na área de colheita mecanizada de alta performance.

“Trilhei uma trajetória e fui promovida à Coordenadora de CCT e, posteriormente, participei do processo seletivo interno para a Gerência da unidade de Guariroba, em Pontes Gestal, SP. Fazer parte de uma empresa que acredita e oferece oportunidades olhando para os talentos internos é extremamente gratificante e fortalece um dos nossos valores que é Um TIME, pois realmente vivemos e acreditamos nos nossos valores e missões. Gratidão é a palavra certa para definir o que eu sinto pela oportunidade de hoje ocupar esse lugar, trazendo representatividade e equidade para a construção de uma empresa referência em segurança e energia sustentável”, diz ela.

Elaine Oliveira é gerente de Projetos e entrou na BP Bunge, como Especialista de Planejamento em abril de 2014 para um grande projeto que tinha interface com os EUA. “Após o projeto ser finalizado, me recoloquei, na mesma posição, no time de Projetos Agroindustriais. No final de 2017 tive a oportunidade de trabalhar como Especialista de Operações, respondendo diretamente ao VP de Operações. Como sempre quis morar no interior, em 2019 surgiu a oportunidade de mudança e retornei à área de projetos, agora como Gerente Corporativa, em São José do Rio Preto, SP, onde sigo até os dias atuais”, disse.

Elaine Oliveira é gerente de Projetos e entrou na BP Bunge em 2014.

Abrir mais espaço para as mulheres 

O objetivo principal da Adecoagro no fomento do pilar de gênero é corroborar com a transformação cultural existente no segmento, de que o agronegócio é um setor predominantemente masculino, e abrir espaço para que as mulheres se sintam à vontade em estar e construir carreira dentro da empresa.

“Temos como valor o respeito e o estímulo à representatividade de todas as vozes. A valorização das pessoas, aliás, é uma das nossas premissas e que integra nossas metas ESG, anunciadas em 2021. Além disso, a BP Bunge aderiu em março deste ano ao Movimento Elas Lideram 2030, iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global e colaboração da ONU Mulheres, em que se compromete a estabelecer políticas para elevar para 30%, até 2025, a atuação de mulheres em posições de liderança. Queremos, ao final do dia, que a Diversidade seja reconhecida e vivenciada por todos”, disse Bresciani.

A BP Bunge conta com um programa de qualidade de vida, o “Conexão Bem-Estar”. Nele, diversas ações são direcionadas às mulheres. Dentre elas, está o “Programa de Gestantes”, cujo objetivo é orientar as gestantes e puérperas nesse período tão importante e sensível em que elas necessitam de amparo, suporte e esclarecimento das diversas dúvidas, das preocupações que surgem ao longo da gestação e com a chegada do bebê.

“Esse programa é destinado às nossas colaboradoras e dependentes dos nossos colaboradores. Temos também ações de promoção à saúde que são específicas e direcionadas às colaboradoras, como, por exemplo, prevenção ao câncer. Realizamos ainda palestras, pautas de comunicação nas áreas, vídeos, com o intuito de ampliar o conhecimento e reforçar a importância do autocuidado”, explica o diretor de RH da BP Bunge.

Dentre inúmeras datas importantes da agenda de Diversidade e Inclusão, celebrações que norteiam discussões específicas dentro da empresa, uma das formas de impulsionar as conversas é através do “Café com Conhecimento”, no qual, mensalmente, a companhia aborda temas de relevância.

“As palestras são feitas no formato online e todos os colaboradores podem participar. Através da condução de colaboradores que se voluntariam a falar dos temas, buscamos promover conhecimento e interação entre todos os participantes em torno da temática que está sendo abordada. Em março, mês em que celebramos o Dia Internacional das Mulheres, o “Café com Conhecimento” abordou o tema Desafios da Mulher Moderna: na perspectiva delas e deles. Além de ações como essa, temos na agenda do nosso plano tático realizar sensibilizações e capacitações de toda a empresa (iniciando pelas lideranças, chegando a todos os colaboradores) e criar os grupos de afinidade, que terão papel fundamental na estimulação e propagação de ações em torno dos pilares de gênero, raça/ etnia, orientação sexual e PcDs”, explica Bresciani.

Natália Cherubin para RPAnews