Edição 197
Cultura do Empowerment
Ricardo Pinto
Uma senhora pega um táxi e indica a direção do hotel onde está hospedada. O taxista, por incrível que pareça, nada diz durante todo o percurso até que a senhora resolve fazer-lhe uma pergunta e o toca levemente em seu ombro. Ele grita, perde o controle do carro e, por pouco, não provoca um acidente de terríveis proporções. Com o carro sobre a calçada, a senhora, assustadíssima, vira-se para o taxista e diz: “Francamente, como é que você pode dirigir tão displicentemente? Nós quase batemos só porque eu toquei no seu ombro?”
O taxista prontamente responde, ainda ofegante:
“Não me leve a mal, minha senhora, mas… É que esse é o meu primeiro dia como taxista”.
A senhora, então, questiona-o: “Mas o que o senhor fazia antes?”.
Ao que o taxista responde:“Por 25 anos fui motorista de carro funerário”.
Esta história mostra-nos o quanto uma crença pode afetar o comportamento de um ser humano.
Uma organização é formada por um conjunto de pessoas direcionadas por objetivos comuns. No entanto, toda organização tem uma forma de ver a si mesma e a sociedade à sua volta, ou seja, tem suas crenças, seus credos. Este conjunto de crenças, de comportamentos e premissas compartilhados pelo seu pessoal é chamado de cultura.
As características da cultura de uma organização ou empresa se moldam de acordo com a própria história da organização e dos profissionais que passaram ou estão nela.
E, diga-se de passagem, frequentemente a cultura é a principal barreira para o sucesso da implementação de um projeto de mudanças em quaisquer empresas.
Atualmente fala-se muito em desenvolver nas organizações a cultura do empowerment. Mas, afinal, o que é isso?
Este conceito, que poderia ser traduzido por “dar poder”, foi apresentado por Rosa-beth Moss Kanter, professora de Harvard, e diz que as empresas que dão mais poder e autonomia aos seus colaboradores são as que estão melhor preparadas para competir no longo prazo. Assim, a cultura das empresas deve esperar e motivar que seus profissionais desenvolvam e usem sua capacidade de tomar decisões e de fazer opções.
O empowerment coloca o poder decisório no mesmo patamar da responsabilidade sobre as decisões tomadas. Com ele, os trabalhadores assumem novas funções, tais como monitorar qualidade, dar manutenção em equipamentos e resolver problemas, que anteriormente eram exercidas pelos supervisores, chefes ou encarregados. Esta delegação de poder aos colaboradores visa que eles próprios possam desenvolver seu trabalho cada vez melhor.
O contrário do empowerment é ter a cultura do processo decisório centralizado, com baixo nível de delegação e onde, para qualquer ação, é necessário que se consulte o “chefe”. Como está sua empresa hoje? Vai pelo caminho do futuro, do século XXI?
Ricardo Pinto
Uma senhora pega um táxi e indica a direção do hotel onde está hospedada. O taxista, por incrível que pareça, nada diz durante todo o percurso até que a senhora resolve fazer-lhe uma pergunta e o toca levemente em seu ombro. Ele grita, perde o controle do carro e, por pouco, não provoca um acidente de terríveis proporções. Com o carro sobre a calçada, a senhora, assustadíssima, vira-se para o taxista e diz: “Francamente, como é que você pode dirigir tão displicentemente? Nós quase batemos só porque eu toquei no seu ombro?”
O taxista prontamente responde, ainda ofegante:
“Não me leve a mal, minha senhora, mas… É que esse é o meu primeiro dia como taxista”.
A senhora, então, questiona-o: “Mas o que o senhor fazia antes?”.
Ao que o taxista responde:“Por 25 anos fui motorista de carro funerário”.
Esta história mostra-nos o quanto uma crença pode afetar o comportamento de um ser humano.
Uma organização é formada por um conjunto de pessoas direcionadas por objetivos comuns. No entanto, toda organização tem uma forma de ver a si mesma e a sociedade à sua volta, ou seja, tem suas crenças, seus credos. Este conjunto de crenças, de comportamentos e premissas compartilhados pelo seu pessoal é chamado de cultura.
As características da cultura de uma organização ou empresa se moldam de acordo com a própria história da organização e dos profissionais que passaram ou estão nela.
E, diga-se de passagem, frequentemente a cultura é a principal barreira para o sucesso da implementação de um projeto de mudanças em quaisquer empresas.
Atualmente fala-se muito em desenvolver nas organizações a cultura do empowerment. Mas, afinal, o que é isso?
Este conceito, que poderia ser traduzido por “dar poder”, foi apresentado por Rosa-beth Moss Kanter, professora de Harvard, e diz que as empresas que dão mais poder e autonomia aos seus colaboradores são as que estão melhor preparadas para competir no longo prazo. Assim, a cultura das empresas deve esperar e motivar que seus profissionais desenvolvam e usem sua capacidade de tomar decisões e de fazer opções.
O empowerment coloca o poder decisório no mesmo patamar da responsabilidade sobre as decisões tomadas. Com ele, os trabalhadores assumem novas funções, tais como monitorar qualidade, dar manutenção em equipamentos e resolver problemas, que anteriormente eram exercidas pelos supervisores, chefes ou encarregados. Esta delegação de poder aos colaboradores visa que eles próprios possam desenvolver seu trabalho cada vez melhor.
O contrário do empowerment é ter a cultura do processo decisório centralizado, com baixo nível de delegação e onde, para qualquer ação, é necessário que se consulte o “chefe”. Como está sua empresa hoje? Vai pelo caminho do futuro, do século XXI?