COPLACANA CELEBRA 70 ANOS DE OLHO NA DIVERSIFICAÇÃO
A Coplacana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo) comemorou 70 anos de fundação de olho no futuro. Com faturamento de R$ 1,3 bilhão em 2018, a cooperativa pretende ampliar seu portfólio de serviços e produtos e quase dobrar seu faturamento em cinco anos, com a meta de atingir R$ 2,5 bilhões em 2023. “Hoje a Coplacana é um exemplo a ser seguido pela excelência dos trabalhos desenvolvidos por sua diretoria que este ano passou por uma reestruturação, através da governança corporativa, o que dá ainda mais fôlego para suas metas de dobrar de tamanho no médio prazo” destacou o presidente executivo da Udop, Antonio Cesar Salibe.
Hoje a Coplacana possui 24 unidades de atendimento a seus associados, 18 delas no Estado de São Paulo e outras nos estados do Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais. Na mira da diretoria da Coplacana estão investimentos na comercialização de máquinas agrícolas, distribuição de combustíveis e no atendimento a todas as necessidades dos cooperados, quer seja na aquisição de defensivos, fertilizantes, agricultura de precisão, no fomento a inovação através de mentorias a startups, confinamento de gado, dentre outros serviços e produtos.
ADAMA LANÇA TECNOLOGIA PARA ACOMPANHAMENTO DAS ETAPAS DE PRODUÇÃO CANAVIEIRA
Entre os desafios na produção de cana-de-açúcar, a redução dos custos é uma das prioridades. Em linha com as tendências, a Adama lançou o sistema Adama Sagres, serviço de monitoramento para a produção de cana-de-açúcar. Composto por uma plataforma que reúne dados e informações relevantes sobre o dia-a-dia operacional da usina, a novidade chega, segundo a empresa, para auxiliar o mercado sucroenergético a tomar decisões inteligentes em cada etapa que compõe as atividades da usina.
Mapeando e monitorando as operações no campo, o programa visa revolucionar os métodos de avaliação das atividades, pois integra, de forma simultânea, históricos de atividades anteriores com informações atualizadas sobre localização, consumo de combustível da máquina, tempo de produtividade, demanda por manutenção e metas dos operadores. O seu diferencial encontra-se nos cálculos em tempo real que possibilitam a recomendação e automação de decisões adequadas para cada circunstância.
De acordo com a companhia, além de todos os benefícios que oferece, a dinâmica de funcionamento do Adama Sagres também pode ser considerada uma ferramenta de motivação para os colaboradores que usufruem do serviço, pois permite o acesso e o controle de um sistema pré-estabelecido de metas, que oferecem melhor visualização e planejamento para potencializar os resultados na produção de cana-de-açúcar.
GENES TORNAM A CANA MAIS RESISTENTE À SECA
Um grupo de pesquisadores do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em parceria com colegas do Vlaams Instituut voor Biotechnologie (VIB), da Bélgica, liderado pelo pesquisador Dirk Inzé, identificaram um conjunto de cinco genes que, ao serem permanentemente ativados, podem tornar a cana mais tolerante à seca. As análises de expressão gênica revelaram centenas de genes diferentemente expressos na cana em resposta ao estresse hídrico. Ao caracterizá-los, os pesquisadores identificaram alguns que eram mais ativados.
“Constatamos que esses cinco genes são ativados pela cana quando a planta se encontra em condição de estresse hídrico a fim de protegê-la da situação de seca”, afirmou Marcelo Menossi Teixeira, professor do IB-Unicamp e coordenador do projeto. “Nossa ideia é fazer modificações genéticas na planta para tornar esses genes permanentemente ativados e, dessa forma, deixar a planta preparada para uma situação de seca de modo que apresente desempenho melhor sob essa condição”, explicou.
Em testes em laboratório, os pesquisadores já confirmaram que variedades transgênicas de cana com alguns desses genes em constante estado de ativação apresentaram maior tolerância à seca. “Nosso objetivo é chegar a uma cana-de-açúcar transgênica capaz de suportar longos períodos sem irrigação e de crescimento rápido”, disse Teixeira.
EMBRAPA E ORPLANA CRIAM RENOVACALC EXCLUSIVA PARA FORNECEDORES DE CANA
A primeira edição da RenovaCalc gerava notas apenas para as unidades produtoras. O fornecedor, por sua vez, não sabia sua real contribuição para o índice alcançado pela usina. Visando defender os interesses dos produtores, a Orplana (Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil) se aproximou dos órgãos responsáveis pela criação da RenovaCalc para que fosse criada uma calculada que permitisse ao produtor calcular seu próprio desempenho. A iniciativa faz parte do Muda Cana, programa de capacitação contínua de produtores criado pela Orplana.
A pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, Marília Folegatti, que coordena o grupo técnico de Avaliação de Ciclo de Vida do RenovaBio, afirma que, a partir de agora, o produtor poderá registrar seus dados em uma calculadora exclusiva. “Consequentemente, ele obterá mais informações sobre seu processo e perceberá onde é possível melhorar para reduzir ainda mais as emissões de gases de efeito estufa.”
De acordo o gestor executivo da Orplana, Celso Albano de Carvalho, a análise individualizada trará benefícios não apenas aos produtores, que terão suas proporcionalidades dos direitos financeiros da utilização do certificado derivativo rastreadas, como também para a própria indústria, que terá mais chance de emissão de CBIOs.