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Indústria

Etanol: ataques contra a Arábia Saudita refletem no preço

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O preço do etanol reagiu aos atentados ocorridos em refinarias da Arábia Saudita. Números do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), mostram que o valor do combustível chegou a R$ 1,784 por litro. Cerca de 1,85% a mais do que na última sexta-feira.

De acordo com o instituto, a alta ocorre devido a uma expectativa de elevação da demanda desse combustível. Isso por conta do possível aumento nos preços internos da gasolina.

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Para Antonio Padua Rodrigues, diretor da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), a alta é um movimento normal de mercado, que está com a demanda bastante aquecida.

O preço e suas oscilações

Diferentemente do que ocorre com os valores da gasolina e do diesel, o preço do etanol não sofre nenhum tipo de regulação ou política institucional e oscila livremente. O setor se encaminha para a parte final da colheita. Diante de uma oferta aquecida, afirma a Unica, os ajustes vão ser feitos via mercado.

A safra 2019/20 de cana-de-açúcar tem um foco mais alcooleiro do que açucareiro. A demanda interna tem permitido às usinas valores melhores para o etanol do que para o açúcar, devido ao preço fraco deste no mercado externo.

Os dados mais recentes da Unica indicam que, de cada 100 toneladas de cana colhidas na região centro-sul neste ano, pelo menos 64,5 delas vão para a fabricação do combustível.

Mesmo com a forte demanda, a boa oferta de etanol hidratado tem mantido os preços do combustível favoráveis aos consumidores.

No estado de São Paulo, os preços do etanol correspondem a apenas 64,4% dos da gasolina. Segundo especialista, quando essa relação fica abaixo de 70%, a utilização do etanol hidratado é mais vantajosa do que a da gasolina.

Por fim, cálculos da Unica mostram que 50% da frota brasileira de veículos está localizada em municípios com paridade de preços entre etanol hidratado e gasolina abaixo de 67%.

 

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