As exportações brasileiras de açúcar registraram queda em julho de 2025, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Itaú BBA. O volume de açúcar VHP embarcado somou 3,13 milhões de toneladas, retração de 5% em relação a julho de 2024, com preço médio de US$ 403,9 por tonelada — 10% abaixo do registrado no mesmo mês do ano anterior. Já o açúcar refinado também recuou, com 449 mil toneladas exportadas (-2% na mesma comparação) e cotação média de US$ 450,4/t, queda de 16%.
O destaque positivo do setor sucroenergético veio do etanol, que apresentou aumento de 72% no volume exportado na comparação anual, alcançando 178 mil m³. Apesar do avanço, o preço médio caiu 5%, para US$ 543,8/m³.
No acumulado de janeiro a julho, as exportações de açúcar bruto somaram 14,28 milhões de toneladas, 19% abaixo do mesmo período de 2024, enquanto o açúcar refinado recuou 24%, para 2,16 milhões de toneladas. No caso do etanol, o volume acumulado foi de 927 mil m³, retração de 20%, mas com preço médio 3% superior, a US$ 560,9/m³.
Fora do setor sucroenergético, a soja em grãos manteve forte participação, com 12,25 milhões de toneladas embarcadas em julho, alta de 9% sobre o mesmo mês de 2024, embora com preços 7% menores. As exportações de carne bovina in natura atingiram 277 mil toneladas, recorde da série histórica, com preços 26% superiores. Já o milho recuou 31% no volume mensal e acumula queda de 24% no ano comercial, enquanto o café verde apresentou retração de 20% nas vendas externas em julho, apesar da valorização de 58% no preço médio.