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Jalles tem alta na produtividade e processa 3,16 milhões de t no primeiro trimestre de 2024
Após uma safra 2023/24 desafiadora, a temporada 2024/25 iniciou com um panorama promissor para a Jalles, que encerrou o primeiro trimestre da safra 2024/25 com moagem total de 3.160,1 mil toneladas de cana no primeiro trimestre desta safra, alta de 4,7% em relação ao mesmo período de 1T24.
“Devido a condições climáticas favoráveis em Goiás para a formação do canavial para a safra 2024/25 e ao manejo e tecnologia avançados de nossos canaviais, a Jalles registrou aumento de produtividade, indo contra a tendência nacional de queda. Encerramos o trimestre com um TCH de 91,0, crescimento de 4,7% para ambos em relação ao mesmo período do ano anterior”, afirmou a companhia em seu último relatório de resultados.
De acordo com a companhia que opera três unidades sucroenergéticas – Usina Otávio Lage (UOL), a Usina Jalles Machado (UJM) e a Usina Santa Vitória Açúcar e Álcool – esse crescimento se deve à maior produção esperada, tendo em vista a expansão do canavial realizada na última safra. Além disso, com o aumento da eficiência do difusor na indústria da USV será possível processar maior quantidade de cana por hora.
“Com a inauguração da fábrica de açúcar VHP da USV no mês de junho, a Companhia reduziu velocidade de moagem para, a partir de julho, acelerar o processamento de cana para maximizar a produção de açúcar. Com isso será possível conseguir melhor aproveitamento do caldo da cana, destinando uma parcela maior para a produção de açúcar VHP, que é um produto que gera maior margem no negócio do que o etanol hidratado”, afirmou a Jalles.
A companhia ainda destacou o desempenho também para a Unidade Otávio Lage, que registrou evolução de 12,2% de moagem no período, decorrente de maior volume e cana disponível decorrente dos investimentos brownfield do IPO.
O plantio de expansão da Jalles atingiu 0,8 mil hectares, comparado aos 1,9 mil do 1T24. Essa área deve-se à conclusão do ciclo de expansão para atingir 9 milhões de toneladas de moagem. O plantio de renovação foi de 5,9 mil hectares, 13,1% menor que no primeiro trimestre de 2023/24, por conta de uma normalização da atividade de renovação nesta safra em relação à safra passada, a qual teve renovação antecipada na UOL no primeiro trimestre.
A área colhida permaneceu em 34,7 mil hectares, igual ao 1T24. Ainda que a área colhida seja a mesma, observou-se um aumento na moagem, ou seja, houve ganho de produtividade. O TCH da Companhia atingiu 91,0 no trimestre, alta de 4,7%, com destaque para a Unidade Jalles Machado, que registrou crescimento de 13,0% na produtividade.
No 1T25, a UOL teve um incremento de 7,8% no TCH, quando comparado ao primeiro trimestre da safra 2023/24. No 1T24, a unidade passou por uma renovação antecipada que resultou em baixa produtividade, mas no 1T25, retornou à média. Embora as unidades em Goiás sejam próximas, a UJM foi mais favorecida por condições climáticas no período. Na USV, em Minas Gerais, a produtividade foi menor devido à ausência do bônus climático observado no primeiro trimestre da safra 2023/24, pois o efeito El Nino atrasou as chuvas na região entre o final de 2023 até o início de 2024.
No primeiro trimestre da safra 2024/25, o mix de produção da Jalles atingiu 36,6% em açúcar e 63,4% em etanol, comparado a 35,5% e 64,5%, respectivamente, no 1T24. Foram produzidos 144 mil metros cúbicos de etanol no período e 134,4 mil toneladas de açúcar.
Com a produção de açúcar na USV, espera-se recuperação para um mix mais açucareiro durante o segundo e terceiro trimestre da safra 2024/25. “As projeções para TCH foram superadas na UJM, onde o guidance para 2024/25 indicava 95,5 t/ha , mas Jalles alcançou 106,3 t/ha. Porém há uma tendência de produtividade menor para o próximo trimestre, em virtude de um percentual maior de cana de primeiro corte (cana planta), idade que tem grande produtividade”, afirmou a companhia.
Apesar de um ATR médio 3,8% mais baixo no trimestre (justificado pelas chuvas no início da safra), a Jalles conseguiu manter o total de ATR por hectare, que ficou em 1,4% em relação ao 1T24 por conta do incremento na produtividade por área, compensando esta perda.
Por conta da renovação de áreas de baixa produtividade com idade mais avançada no primeiro trimestre da safra 2023/24 na UOL e USV, além da expansão do canavial destas unidades, a idade média do canavial foi reduzida. Como resultado, além de uma idade 18,0% menor, houve um TCH maior nesse período.
EBITDA Ajustado teve margem de 60,8%
O EBIT Ajustado da companhia, somou R$67,3 milhões no 1T25,16, 1% menor que o mesmo período da safra 2023/24, com margem EBIT Ajustado de 16,8% redução de 1,3% dado os volumes de comercialização mais baixos, especialmente no mercado externo, assim como um SG&A mais elevado. Já o EBITDA ajustado totalizou R$ 243,9 milhões, com margem de 60,8%. Esse valor representou redução de 10,1% em relação aos R$ 271,4 milhões registrados no 1T24.
A diminuição no EBITDA ajustado deve-se, segundo a Jalles, principalmente ao desempenho abaixo do esperado do Lucro Líquido, que foi impactado pelos menores preços médios do etanol e do açúcar, bem como pela redução na comercialização de açúcar orgânico durante o trimestre, e maior comercialização de etanol, referente ao carrego de estoque da última safra. No 1T25, a Companhia apurou resultado líquido contábil de R$2,4 milhões negativos, ante os R$ 49,5 milhões do 1T24.
O Lucro Caixa encerrou o trimestre com R$ 8,9 milhões negativos ante os R$ 3,6 milhões positivos no 1T24, essa redução é justificada pelo menor resultado no Lucro Líquido e os efeitos não-caixa que foram expressivos nesse período. A receita operacional bruta finalizou o trimestre somando R$ 466,2 milhões de reais, 6,7% a menos que o 1T24. No mercado externo a Jalles registrou redução de 18,5% em comparação com 1T24, dentre os fatores que contribuíram para este resultado, a companhia destaca a diminuição de 67,0% na exportação de açúcar VHP.
“Este recuo nas vendas do VHP está relacionado com o baixo volume de produção no período, que começa a ser reintegrado ao final de junho, após o início das operações da fábrica de açúcar na USV. Neste período, a Companhia exportou açúcar cristal, somando R$ 3,0 milhões de reais. A venda ao mercado externo se deve pela janela de exportação que foi aberta no trimestre, estrategicamente a Jalles optou por comercializar internacionalmente o produto em razão das margens positivas, mesmo com os custos logísticos mais elevados que nos demais estados”, afirmou em relatório de resultados.