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Bioenergia

Moagem chega a 538,13 milhões de toneladas no Centro-Sul

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Redação RPA, com informações da Unica

A quantidade de cana-de-açúcar processada pelas unidades produtoras do Centro-Sul somou 36,85 milhões de toneladas na primeira quinzena de outubro. O valor representa uma queda de 2,05% em relação ao mesmo período de 2019, mostra o relatório divulgado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

No acumulado da safra 2020/2021, a moagem atingiu 538,13 milhões de toneladas, registrando aumento de 5,06% sobre as 512,23 milhões processadas em igual período do ciclo 2019/2020.

Para o diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues, “entramos em um período de desaceleração no processamento de matéria-prima, visto o ritmo intenso da moagem dos últimos meses graças a estiagem”. As consequências do prolongado período de estiagem devem começar a se refletir na produtividade da lavoura nos próximos meses, acrescentou.

A qualidade da matéria-prima processada na primeira quinzena de outubro, mensurada a partir da concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), atingiu 164,04 kg por tonelada em 2020 contra 154,25 kg verificados na mesma quinzena da safra passada.

No acumulado do cicA lo 2020/2021, o índice alcançou 144,32 kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar — 4,51% superior ao valor apurado no último ciclo agrícola. Em relação ao número de usinas em operação, 239 unidades estavam em operação até dia 16 de outubro de 2020 contra 234 usinas em igual período da safra 2019/2020. No total, 24 unidades produtoras encerraram sua atividade de moagem até o momento.

Produção de açúcar e de etanol

A produção acumulada de açúcar atingiu a marca de 34,67 milhões de toneladas, montante 45,92% superior aos 23,76 milhões de toneladas produzidas no último ano. A produção quinzenal permanece elevada no comparativo com o mesmo período de 2019, com 2,61 milhões de toneladas ( 36,5%) do adoçante sendo produzidas.

“Do aumento total de 10,91 milhões de toneladas na produção de açúcar observada até o momento, cerca de 8,08 milhões derivam da mudança do mix de produção e os outros 2,83 milhão resultam do avanço da moagem e da melhor qualidade da matéria-prima colhida”, explica Rodrigues.

Desde o início da safra 2020/2021 até a primeira quinzena de outubro, 46,85% da matéria-prima foi destinada a fabricação do adoçante, ante 35,26% no mesmo período de 2019. “A proporção de cana destinada à fabricação do açúcar permanece elevada a despeito da redução marginal em relação a segunda quinzena de setembro, refletindo um movimento natural do ciclo agrícola”, completou Rodrigues.

A produção de etanol, por sua vez, alcançou 2,06 bilhões de litros na primeira quinzena de outubro, contra 2,30 bilhões fabricados em igual período do ciclo 2019/2020. Do total de biocombustível produzido àquele utilizado diretamente no abastecimento dos veículos representou 1,30 bilhão de litros, enquanto o etanol anidro, adicionada à gasolina, somou 762,34 milhões de litros.

Na comparação quinzenal apenas a produção deste último realiza um aumento em relação à safra passada. O valor representa um acréscimo de 10,72% ao processamento de etanol anidro da safra 2019/2020. O hidratado apresenta retração de 19,46% na quinzena.

O volume de etanol produzido no acumulado da safra 2020/2021 totalizou 25,57 bilhões de litros, 7,49% inferior ao assinalado na última safra, com o etanol anidro recuando 4,82% e o hidratado 8,64%, respectivamente. A produção de etanol fabricado a partir do milho mantém um ritmo ascendente sem precedentes, com produção quinzenal de 120,19 milhões de litros e acumulado de 1,27 bilhão de litros, o que representa um acréscimo de 86,98% e 90,00% em relação à safra 2019/2020, respectivamente.

Vendas de etanol

O volume de etanol comercializado pelas unidades produtoras do Centro-Sul na primeira quinzena de outubro foi de 1,28 bilhões de litros. A representatividade do produto exportado reduziu em relação a quinzena anterior visto que apenas 68,81 milhões de litros foram direcionados ao mercado externo e 1,21 bilhões de litros comercializados domesticamente.

No mercado interno, a comercialização de hidratado foi de 863,11 milhões de litros, redução de 14% em relação ao mesmo período no ciclo agrícola anterior.

“Embora a recuperação marginal das vendas presenciada em setembro se mantenha na primeira quinzena de outubro, ainda se observa um consumo consideravelmente deprimido, tanto nos valores da quinzena quanto no acumulado”, acrescentou Rodrigues.

O volume total comercializado de hidratado na safra 2020/2021 para o mercado interno atingiu a marca de 9,97 bilhão de litros, retraindo 22% em relação ao acumulado no mesmo período da safra anterior. A respeito das vendas de etanol anidro, a trajetória positiva foi interrompida na primeira quinzena de outubro em que 349,29 milhões de litros foram comercializados. No acumulado, as vendas deste etanol permanecem 7% inferior as da safra 2019/2020, para o mesmo intervalo temporal.

O álcool destinado a finalidades não carburante se mantém em trajetória ascendente, com aumento de vendas de 3% na primeira quinzena de outubro. No acumulado, esse valor permanece 35% superior ao ano anterior, com 743,05 milhões de litros comercializados.

No acumulado desde o início da safra 2020/2021 até a primeira quinzena de outubro, as vendas de etanol pelas unidades produtoras do Centro-Sul somam 15,94 bilhões de litros, com retração de 15% na comparação com mesmo período de 2019.

Desse total, 1,51 bilhão de litros foram destinados ao mercado externo e 14,43 bilhões para o mercado doméstico.

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