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Novo mandato de combustíveis renováveis nos EUA frustra expectativas

Açúcar: até final de abril 19,2 milhões de t já estavam fixadas
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O novo mandato de combustíveis renováveis dos Estados Unidos para 2020 desapontou tanto a indústria de etanol americana como a brasileira. Embora a Agência de Proteção Ambiental (EPA) tenha mantido o mandato para os biocombustíveis convencionais (como o etanol de milho americano) e aumentado o mandato para os biocombustíveis renováveis (como o etanol de cana), manteve brechas para o não cumprimento das misturas por parte das refinarias e continuou a prever um volume menor de compras do produto brasileiro.

O mandato para os combustíveis renováveis em geral, que inclui todos os tipos de biocombustível, foi elevado dos 20,04 bilhões de galões (75,9 bilhões de litros) propostos inicialmente, em julho, para 20,09 bilhões de galões (76,0 bilhões de litros) – acima dos 19,92 bilhões (75,4 bilhões de litros) deste ano.

Todo o aumento, porém, foi alocado apenas no mandato de biocombustíveis avançados (que economizam mais de 50% em emissões de gases-estufa em relação aos fósseis), que ficou em 5,09 bilhões de galões (19,3 bilhões de litros). Já o mandato para os biocombustíveis convencionais (que economizam no mínimo 20% em emissões) seguiu em 15 bilhões de galões (56,8 bilhões de litros).

Porém, a EPA continuou a estimar uma redução das importações de etanol brasileiro (que se enquadra como biocombustível avançado) ante 2019. Embora essa estimativa não seja uma determinação de cumprimento obrigatório, serve de baliza para o mercado e direciona investimentos, explica Letícia Phillips, representante da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) nos EUA. A projeção para 2020 é que os EUA importarão 300 milhões de litros de etanol de cana brasileiro, 40 milhões a mais que o projetado na proposta inicial, mas aquém dos 541 milhões que devem ser importados este ano.

Apesar de a EPA ter aumentado o mandato para os biocombustíveis avançados, categoria em que o etanol de cana se enquadra, biodiesel e biocombustíveis celulósicos, também considerados avançados, foram os beneficiados, já que seus mandatos foram elevados ante os deste ano para 9,2 bilhões e 2,2 bilhões de litros, respectivamente.

Outro ponto que gerou frustração foi a brecha deixada para o não cumprimento desses mandatos – como já tem ocorrido, desvalorizando os “créditos” (RINs) comprados pelas refinarias dos EUA.

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