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Edição 188

Por dentro da usina

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USINAS RETOMAM INVESTIMENTOS

As usinas sucroalcooleiras listadas na BM&FBovespa, que estão entre as maiores do setor no país, voltaram a elevar seus investimentos, especialmente com foco no crescimento orgânico, depois de iniciar a safra mais voltadas para o objetivo de reduzir o comprometimento do caixa com suas dívidas. Nesse contexto, também cresceram os desembolsos com investimentos em bens de capital (Capex), mesmo em um período de moagem, quando os aportes costumam ser mais comedidos.

Maior do setor, a Raízen Energia desembolsou, nos nove primeiros meses da safra 2016/17, R$ 1,190 bilhão em investimentos, alta de 24,3% na comparação anual. Segunda maior processadora de cana do país, a Biosev, controlada pela Louis Dreyfus Company (LDC), também vem elevando seus investimentos na safra 2016/17, com foco principalmente nas lavouras. No acumulado da temporada, o Capex ficou em R$ 847 milhões, um avanço de 24% ante o mesmo período da safra passada.

O Grupo São Martinho também elevou seu Capex desde o início da temporada para R$ 630 milhões, um aumento de 21% em relação ao acumulado da safra 2015/16, devido ao incremento dos gastos com manutenção de entressafra e ao projeto de ampliação de capacidade da Usina Santa Cruz.

Os investimentos feitos pelas três companhias no período somaram R$ 2,668 bilhões, um aumento de 23% em relação aos aportes feitos por elas nos nove primeiros meses da safra passada. No entanto, esse montante ainda está abaixo do investido no mesmo período da safra 2014/15, de R$ 2,68 bilhões.

USINAS TÊM ATÉ 31 DE AGOSTO PARA REGULARIZAR PLANTA DE ETANOL

As usinas devem se preparar para atender cada vez mais as normas da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), principalmente, no que tange à regularização da planta de etanol de acordo com a Resolução 26/2012 e do novo I-Simp – Sistema de Informação de Movimentação de Biocombustíveis. Esta foi a ênfase dada durante o workshop sobre o assunto, realizado pela Siamig e ANP, em Uberlândia, para 56 representantes de usinas de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

As usinas têm um prazo para regularizar todas as informações necessárias até o dia 31 de agosto de 2017, conforme disposto na resolução 26/2012. Deverão ser fornecidas informações técnicas da planta, licenciamento ambiental, projetos de combate a incêndio e regularização fiscal. A ANP se mostrou disponível também para tirar todas as dúvidas que surgirem, com informações em canais diretos.

USINA DESENVOLVE NOVAS VARIEDADES DE CANA ADAPTADAS AO SOLO DO NORDESTE

Em parceria com a Ridesa (Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético), a Biosev está apostando no desenvolvimento de novas variedades adaptadas às terras secas e ácidas do Nordeste, onde a empresa possui duas unidades de processamento e mais de 40 mil ha próprios de cultivo. Numa área de 2 ha próxima a Natal, RN, a Biosev plantou 25 mil mudas de cana.

Cada planta foi originada de dois genitores diferentes – um pode ter resistência a doenças e outro alto índice de produtividade, por exemplo. Cada cruzamento rende 12 indivíduos irmãos e geneticamente distintos. A localização de cada muda nos mais de 20 blocos de cultivo plantados está catalogada e o desenvolvimento da plantação é acompanhado diariamente. O plantio do canavial foi mecanizado, simulando exatamente o método de trabalho da multinacional em suas áreas comerciais.

O experimento é o primeiro passo de um plano que tem o objetivo de gerar variedades tipicamente nordestinas dentro de dez anos. “Temos de fazer hoje pensando no futuro. O Nordeste do Brasil planta basicamente duas variedades, que são as mesmas cultivadas na maior parte do país”, diz Rui Chammas, presidente da Biosev.

Santa Adélia não se pronuncia sobre condenação por terceirização

A Usina Santa Adélia, grupo sucroenergético com três usinas no Estado de São Paulo, informou que “não se pronunciará” sobre a condenação pela Vara do Trabalho de Taquaritinga, SP, ao pagamento de R$ 500 mil por terceirizar os serviços de plantio, colheita e manutenção de cana-de-açúcar, consideradas atividades-fim. Em nota, a empresa disse que “o processo ainda encontra-se sub judice”. O valor deverá ser revertido em benefício de projetos, iniciativas e/ou campanhas voltados aos trabalhadores abrangidos pela Vara do Trabalho do município. As informações são do Ministério Público do Trabalho (MPT), que moveu a ação.

USINA DEMITE 900 FUNCIONÁRIOS

A Usina Cansanção de Sinimbu, localizada no município de Jequiá da Praia, AL, anunciou a demissão de 900 funcionários. As demissões têm passado por todos os setores da usina (industrial, administrativo, vigilância, canavieiros etc). Segundo publicado na mídia, os representantes do grupo afirmam que os trabalhadores terão de recorrer à justiça para receber seus direitos.

Antes de iniciar o ciclo de demissões sumárias em novembro de 2016, o Grupo Toledo, que é quem administra a usina, havia atrasado o pagamento do salário dos trabalhadores em mais de cinco meses (salários de 2015; salários atrasados de junho, julho e agosto de 2016). Por conta disso, os trabalhadores forçaram uma negociação com seus representantes, fechando várias vezes a rodovia federal (BR 101) no decorrer de 2015 e 2016.

Apesar da tentativa de mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), a empresa repassou somente o pagamento de uma parte dos salários atrasados, uma fração que variava entre R$ 110,00 e R$ 220,00. Outras usinas administradas pelo Grupo também têm sinalizado problemas com a falta de pagamentos

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