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Edição 205

Por dentro da Usina

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MAIS DUAS USINAS  DEIXAM DE OPERAR EM 2019

Novas atualizações do levantamento realizado pela RPA Consultoria afirmam que a Usina Clealco, localizada em Clementina, SP, é uma das unidades que não operará em 2019. O grupo Clealco, que tem três unidades, já tinha parado a Campestre no ano passado e neste ano para mais uma, a matriz. Segundo a RPA Consultoria, a única unidade que continuará operando é a Queiroz.

A Usina Ibéria, do Grupo Toledo, de Borá, localizada no Estado de SP, também não vai operar em 2019. “Já são as duas primeiras ‘baixas’ de 2019”, afirma Ricardo Pinto, sócio-diretor da RPA Consultoria.

A Clealco, comunicou que, buscando otimizar sua estrutura de operação e impulsionar a performance da Companhia, considerando uma menor disponibilidade de cana-de-açúcar para a Safra 2019/20 se comparado ao ciclo atual, prologaria o período de entressafra na unidade de Clementina.

“Com esta estratégia, o volume de cana disponível para a próxima safra será direcionado prioritariamente para a unidade de Queiroz, que retoma a moagem em março de 2019 operando em capacidade máxima. Em decorrência, alguns funcionários de Clementina foram dispensados, enquanto que outros foram remanejados para atuar na entressafra em Queiroz. Posteriormente, estes profissionais realocados irão participar de um programa de qualificação até que a safra em Clementina possa ser retomada”, afirmou via sua assessoria de comunicação.

Até setembro de 2018, o levantamento realizado pela consultoria RPA apontava que 93 usinas sucroenergéticas estavam de portas fechadas, o que correspondia a uma capacidade instalada de moagem de 98,9 milhões de t de cana por safra. Este número representava 21% das 443 unidades instaladas no país. São Paulo, que abriga o maior polo sucroalcooleiro do país, é também onde se concentrava o maior número de usinas paradas — eram 36. Alagoas e Minas Gerais empatavam em segundo lugar nesse ranking, com nove unidades cada.

USINA SANTA ISABEL OBTeM LIMINAR PARA TERCEIRIZAR PARTE DA COLHEITA

A Usina Santa Isabel, com duas unidades sucroalcooleiras no interior paulista, obteve liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) que a permite utilizar até 183 trabalhadores terceirizados para a colheita mecanizada de cana neste ano e reduzir o intervalo entre as jornadas, conforme permitido pela reforma trabalhista. A decisão, assinada pela desembargadora relatora Maria Inês Corrêa de Cerqueira César Targa modifica os efeitos de um acordo judicial que a empresa havia firmado com o Ministério Público do Trabalho em 2017. Naquele acordo, a companhia ficou proibida de recorrer a mão-de-obra terceirizada, sobretudo na colheita de cana.

Agora, a Usina Santa Isabel poderá aumentar o número de trabalhadores terceirizados, mas terá que manter 183 de trabalhadores que estão contratados para a atividade. A Usina Santa Isabel também poderá “negociar” com os trabalhadores a redução do intervalo entre as jornadas para refeições, conforme determinado pela reforma trabalhista de 2017. A nova legislação prevê que a companhia pode reduzir o tempo de descanso para até 30 minutos no caso de jornadas de até seis horas.

BUNGE REDUZ PREVISÃO DE LUCROS

A gigante do agronegócio Bunge nomeou um dos novos integrantes de seu conselho como CEO da empresa e cortou sua previsão de lucro antes de juros e impostos em 2018, diante do agravamento das condições no mercado global. A Bunge vem lidando com um excesso mundial de grãos que arrastou os preços de produtos agrícolas e reduziu as margens. A guerra comercial entre Estados Unidos e China diminuiu as exportações dos EUA para a China, deprimindo ainda mais as cotações.

Gregory Heckman, sócio-fundador da empresa de investimento privado Flatwater Partners, foi indicado para o posto de CEO como parte de um acordo para aliviar a pressão dos acionistas sobre a administração da Bunge no final do ano passado. A empresa, que em dezembro anunciou a saída do CEO Soren Schroder, disse que Heckman assume interinamente. A companhia também cortou sua previsão de lucro antes de impostos para o ano de 2018, citando uma queda no valor de suas safras no Brasil.

A Bunge informou que o lucro ajustado antes de juros e impostos em seu segmento agrícola seria de US$ 90 milhões a 100 milhões, abaixo do esperado e inferior ao piso do intervalo anteriormente previsto. Para o segmento de açúcar e bioenergia, a previsão ficou em US$ 60 milhões a 70 milhões. Isso reduziria o número geral para menos de US$ 1,05 bilhão, que foi dado como extremo inferior em seu último guidance. Três membros do conselho, Patrick Lupo, Ernest Bachrach e Enrique Boilini, não seriam reeleitos, segundo a empresa.

ATVOS REALIZA A PRIMEIRA VENDA DE CERTIFICADOS DE ENERGIA RENOVÁVEL

A Atvos finalizou a primeira venda no Brasil de certificados de energia renovável de biomassa, os chamados I-RECs (International Renewable Energy Certificate).

O braço sucroenergético da Odebrecht comercializou 11 mil I-RECs na plataforma internacional que permite aos consumidores adquirirem o certificado de uma energia de fonte renovável rastreada, neste caso, a produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar para compensar emissões geradas no consumo de energia de origem fóssil ou de difícil comprovação de origem. O nome do comprador e o valor do negócio não foram divulgados.

Cada I-REC equivale a 1 MWh de eletricidade produzida a partir de fontes renováveis. A Atvos pode comercializar, por safra, 360 mil IRECs a partir da sua unidade Conquista do Pontal, localizada em Mirante do Paranapanema, SP.

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