Os preços do açúcar registraram alta nesta segunda-feira, impulsionados pela valorização do real brasileiro e pela forte demanda da China. A moeda brasileira atingiu o maior nível em uma semana frente ao dólar, o que desestimulou as vendas dos produtores locais. Ao mesmo tempo, as importações chinesas de açúcar em setembro cresceram 36% em relação ao ano anterior, somando 550 mil toneladas.
No mercado futuro, o contrato de açúcar bruto com vencimento em março de 2026 avançou 0,22 centavo, ou 1,4%, encerrando a 15,72 centavos de dólar por libra-peso. O açúcar branco também fechou em alta, com ganho de US$ 7,90, ou 1,8%, a US$ 446,90 por tonelada.
Na sexta-feira anterior, as cotações em Londres haviam recuado para o menor patamar em 4,25 anos no contrato mais próximo, pressionadas pelas expectativas de ampla oferta global. Na segunda-feira passada, o BMI Group projetou um excedente mundial de 10,5 milhões de toneladas para 2025/26, enquanto na terça-feira a Covrig Analytics estimou o superávit em 4,1 milhões de toneladas.
Nos últimos sete meses, os preços vêm sendo pressionados, com Nova York registrando em setembro a mínima de 4,5 anos no contrato SBV25, diante de sinais de aumento da produção brasileira. Segundo a Unica, na segunda quinzena de setembro a produção de açúcar no Centro-Sul subiu 10,8%, totalizando 3,137 milhões de toneladas. Nesse período, a destinação de cana para açúcar alcançou 51,17%, ante 47,73% no mesmo intervalo do ano anterior. Já a produção acumulada até setembro na safra 2025/26 avançou 0,8% em relação ao ano anterior, somando 33,524 milhões de toneladas.