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Principal evento do setor sucroenergético comemora 30 anos com muita resiliência

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Fenasucro & Agrocana terá edição comemorativa com destaque para inovações em hidrogênio verde, biogás, SAF, cogeração e em tecnologias para usinas flex 

Do cenário céu de brigadeiro ao vendaval. Nos últimos 20 anos, o setor sucroenergético viveu do “boom”, com a inauguração de novas plantas e altos investimentos na indústria, para pouco tempo depois experienciar uma das maiores crises da sua história. Para sobreviver foi preciso além de resiliência, continuar investindo em pesquisa e desenvolvimento.

A Fenasucro & Agrocana, principal feira do setor canavieiro, que em 2024 celebra 30 anos, é exemplo dessa resiliência e de crença no futuro do setor sucroenergético, enxergando as oportunidades que vão muito além do açúcar, etanol e da cogeração de energia.

“A Fenasucro & Agrocana faz parte de uma história em num país que é protagonista de tecnologia sucroalcooleira. Que ao longo dos anos se posicionou como uma grande solução ambiental e de sustentabilidade, possibilitando gerar empregos, produtos ecológicos e distribuir renda. Que, cada vez mais, ganha escalabilidade e nossas indústrias vêm se atualizando perante a essa grande demanda, desde o açúcar e as destilarias de pinga ao Proálcool, com a adição da energia renovável com a utilização do bagaço como gerador de energia sucroenergética”, afirma Paulo Montabone. diretor da feira.

Com o mesmo foco de trazer as últimas inovações, tendências e tecnologias para o setor sucroenergético, a Fenasucro & Agrocana comemora seu aniversário, como de costume, entre os dias 13 e 16 de agosto. As novidades e lançamentos para 2024 são as maiores atrações dos expositores da feira, que aguardam o evento para fazerem seus anúncios. Novas tecnologias e megatendências serão discutidas na arena da Sustentabilidade, em um projeto que transformar a experiência do visitante em conhecimento de alta performance.

Os principais atrativos de inovação da feira são o Hidrogênio verde, biogás, SAF (Combustível Sustentável de Aviação), cogeração e as usinas flex (cana e milho). A programação de conteúdo do evento contará com formadores de opiniões e personalidades de outros setores. Alguns temas que serão abordados são: geração distribuída, créditos de carbono, gestão de pessoas e mobilidade de baixo carbono serão temas que vão ampliar as possibilidades para “surfar” essa grande onda verde que se forma na economia mundial.

“Também teremos lançamentos para área agrícola, com as mais novas tecnologias para o plantio e colheita. Plantadoras e colhedoras terão lugar garantido nessa grande vitrine de lançamentos. Alguns temas como sustentabilidade no campo e protocolos de certificação de produção de cana terão lugar em nossos eventos de conteúdo por meio da Canaoeste e Bonsucro”, revelou

Este ano a Fenasucro&Agrocana faz uma homenagem a um dos principais líderes e personalidades do segmento: Maurílio Biagi Filho, reconhecido por sua contribuição para o desenvolvimento e crescimento da indústria de cana-de-açúcar, etanol e energia no Brasil.

Em entrevista à RPAnews, Biagi Filho disse que a homenagem tem um significado especial. “Do ponto de vista sentimental, é uma das homenagens mais importantes que recebi até hoje, principalmente pela forma como foi entregue e pelas palavras carinhosas dirigidas a mim. É um privilégio ser o homenageado na 30ª edição da Fenasucro & Agrocana, que vi nascer, quando ainda chamava Canasucro”, disse.

Indústria sobreviveu com diversificação, requalificação e exportação

O setor sucroenergético passou por uma crise prolongada que afetou negativamente os negócios no segmento. Essa crise contribuiu para a queda nos preços e dificuldades enfrentadas, principalmente pelas indústrias de base de Sertãozinho.

Segundo Rosana Amadeu, presidente do CEISE Br, instituição que representa as indústrias de máquinas, peças e serviços para o segmento, a recuperação das indústrias de Sertãozinho vem de um processo complexo, que envolve diferentes estratégias como: diversificação da produção, projetos de requalificação e exportação.

Com uma safra recorde e outras mais favoráveis, as usinas sucroenergéticas vem mostrando sinais de recuperação e com a indústria não é diferente. Rosana confirma que houve um crescimento pós-pandemia, especialmente com a manutenção dentro das fábricas, pretendendo à preservação das usinas. “Além disso, houve uma reorganização dentro das unidades produtoras, priorizando a melhoria da eficiência. O verdadeiro impulso para as indústrias tem vindo do crescimento de novos mercados, o etanol e o milho”, adiciona.

Com isso, a expectativa do CEISE Br para a Fenasucro & Agrocana 2024 é extremamente positiva. “Celebrar a 30ª edição da feira é comemorar um marco na história do setor sucroenergético e de biocombustíveis e o seu compromisso contínuo com a inovação e a sustentabilidade”.

De acordo com Montabone, não há como não reconhecer Sertãozinho como fornecedora de equipamentos, produtos e serviços de alta qualidade para este mercado. Em um setor que gera o desenvolvimento descentralizado, com milhares de empregos diretos e indiretos em uma fase de expansão de uma nova agroindústria.

“A história da implantação de um setor agroindustrial nos últimos 30 anos passou por Sertãozinho/SP e pelos corredores da reconhecida mundialmente Fenasucro & Agrocana, que faz parte de várias gerações de famílias que acordam todos os dias para viver essa emoção que é nosso setor. Avós, pais e filhos, gerações que já vieram na feira para o encontro do setor”, destaca.

Para o diretor da feira, “o aperto de mãos, o olho no olho e a formação de opinião baseada em relacionamentos reais são realizados na Fenasucro & Agrocana há 30 anos e tende a ser cada vez mais importante essa troca de experiências e discussões”.

O aperto de mãos, o olho no olho e a formação de opinião baseada em relacionamentos reais são realizados na Fenasucro & Agrocana há 30 anos e tende a ser cada vez mais importante essa troca de experiencias e discussões. Isso faz com que a atualização em nossas indústrias fornecedoras de equipamentos seja mais rápida, atendendo às necessidades imediatas desta indústria que se atualiza diariamente. Com isso, ganha o fornecedor e ganha o comprador. Todo mundo ganha nessa jornada.

Cenário de desafios e oportunidades é positivo

Ao ser questionado sobre os principais desafios e oportunidades para o setor sucroenergético nos próximos anos, o homenageado da feira, Maurilio Biagi Filho, diz que enxerga um cenário bastante positivo. “Nunca o setor teve tantos desafios positivos, mas que dependem da nossa capacidade e competência para implementar as soluções”, ressaltou.

Um dos principais desafios apontados por Biagi Filho é o desenvolvimento de estratégias para atender à crescente demanda por etanol e outros subprodutos da cana-de-açúcar. Ele enfatizou a importância de garantir o suprimento desses produtos, à medida que a demanda continua a aumentar.

“Outro grande desafio é fazer uma comunicação correta para que finalmente a gente consiga conscientizar o consumidor de que o etanol é melhor para o meio ambiente e que, mesmo que seja mais caro em algumas épocas, vale a pena”.

Ele ainda diz que enxerga com muito bons olhos o avanço tecnológico pelo qual o setor passou nos últimos anos. “Hoje a diversificação da produção sucroenergética é enorme. O uso da bioeletricidade gerada a partir do bagaço da cana mudou o cenário da matriz de energia renovável. Temos ainda o gás biometano e o etanol de segunda geração (E2G) como exemplos para ampliar o uso dos subprodutos da cana, garantindo novas receitas e contribuindo ainda mais para a redução de emissões de carbono”, conclui.

Jeniffer Santos sob supervisão Natália Cherubin
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