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Setor bioenergético discute estratégias com o governo de Goiás para enfrentar tarifas dos EUA

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Produtores alertam para prejuízos e perda de mercado com novas tarifas

O presidente executivo do Sifaeg/Sifaçúcar e da FIEG, André Rocha, e o presidente do Conselho Administrativo dos dois sindicatos, Marcelo Barbosa, reuniram-se com o governador Ronaldo Caiado na manhã desta quinta-feira (23) para tratar das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, especialmente o açúcar e o etanol.

Durante o encontro, foram discutidos os impactos econômicos imediatos das medidas, que devem entrar em vigor a partir de 1º de agosto. “É fundamental uma articulação urgente para evitar prejuízos severos à economia goiana e nacional. Temos receio de que o governo federal utilize o etanol como moeda de troca nas negociações com os americanos”, alertou André Rocha.

Açúcar orgânico

O diretor comercial e de logística da Jalles, Henrique Penna, também participou da reunião e apresentou um panorama detalhado sobre a produção e exportação de açúcar orgânico para os Estados Unidos — segmento no qual Goiás responde por 72% das exportações brasileiras.

Segundo Penna, a aplicação de uma tarifa de até 50% pode comprometer seriamente a competitividade do setor frente a países como Colômbia, Paraguai e Argentina. “O risco de perda de mercado é real e imediato, como já ocorreu na União Europeia. Ainda este ano, podemos registrar queda de até 40% na receita com exportações. Com o tempo, a produção de açúcar orgânico em Goiás pode ser reduzida, uma vez que os demais mercados já estão saturados”, pontuou.

Apoio do governo estadual

Para André Rocha, a postura do governo de Goiás tem sido positiva e estratégica. “É extremamente relevante que o Estado esteja ouvindo o setor e se mobilizando desde já diante da gravidade da situação. O governador Ronaldo Caiado demonstra um compromisso efetivo com o setor produtivo. As conversas ainda estão em fase inicial, mas há uma sintonia clara na busca por soluções que amenizem os impactos dessa política tarifária norte-americana”, concluiu.

 

 

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