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Açúcar: mercado pode dar sequência à recuperação
O mercado futuro do açúcar demerara na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) pode abrir a semana com a curva de alta iniciada na última quinta-feira (1º) e potencializada na sexta-feira (2) devido à restrição de oferta de açúcar no Centro-Sul do Brasil em 2018/2019. As previsões iniciais, feitas em novembro do ano passado, apontavam queda na produção da commodity na região brasileira e uma safra mais alcooleira. As primeiras revisões das estimativas, no entanto, mostram uma restrição maior no destino da cana-de-açúcar para a produção do adoçante e uma prioridade máxima para o biocombustível no período a ser iniciado em abril.
Na sexta-feira, a INTL FCStone aumentou a estimativa de moagem no Centro-Sul brasileiro de 587,5 milhões de toneladas para 592,5 milhões de toneladas em 2018/2019, alta de apenas 0,6% sobre 2017/2018, mas reduziu a perspectiva de produção de açúcar e do destino de matéria-prima para a produção da commodity no período. Segundo a consultoria, o mix de destino da cana ficará em apenas 42,4% para o açúcar, ante 44% na previsão inicial e a produção atingirá 32,4 milhões de toneladas na próxima safra da região.
O volume é 10% menor que em 2017/2018 e 2,7% abaixo da estimativa de novembro, de 33,3 milhões de toneladas. Mais pessimista, a Archer Consulting estimou a produção na região em 30,5 milhões de toneladas, queda de 16,5% entre as safras.
Em contrapartida, a INTL FCSTone revisou para cima a estimativa de superávit global de açúcar na safra 2017/2018 – entre outubro do ano passado e setembro deste ano – de 2,8 milhões de toneladas para 3,6 milhões de toneladas. Com isso, a primeira reação do mercado na ICE, na manhã de sexta-feira (2), foi de queda nos preços. Mas logo os papéis reagiram e fecharam em alta na bolsa americana.
O contrato março rompeu a resistência de 13,50 cents por libra-peso e, no fechamento, subiu 26 pontos (1,94%), em 13,63 cents. O maio ganhou 19 pontos, para 13,68 cents, e o julho fechou em 13,90 cents, alta de 12 pontos no dia.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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