Os etanóis anidro e hidratado registraram mais uma semana de alta pelo Indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP. A maior alta foi registrada no etanol hidratado, que fechou a semana de 1 a 5 de março cotado em R$ 2,9071 o litro, contra R$ 2,7100 o litro da semana anterior, valorização de 7,27% no comparativo entre os períodos. Esta foi a 11ª semana seguida de alta no indicador, que não cai desde a semana de 14 a 18 de dezembro do ano passado.
Já o anidro, usado na mistura com a gasolina, fechou a última semana cotado em R$ 3,1366 o litro, contra R$ 2,9295 o litro da semana de 22 a 26 de fevereiro, valorização de 7,07% no comparativo entre os períodos. Esta foi a quarta semana de alta seguida do indicador.
O diretor da Archer Consulting, Arnaldo Luiz Corrêa, comentou em seu artigo semanal, preocupar-se com o que “pode ocorrer com a Petrobras a partir do dia 20 de março, com a saída de seu competente presidente Roberto Castello Branco após entregar um lucro espetacular de R$ 60 bilhões, tirando a empresa do poço em que se encontrava.
Como Bolsonaro parece ter predileção para o que há de pior, deverá colocar em seu lugar um desses generais de pijamas, que certamente não sabe a diferença entre um barril de petróleo e um de pólvora. A intervenção insensata do presidente foi um tiro no pé, afugentando investidores e engrossando as suspeitas por parte deles que a insegurança jurídica do Brasil está longe de ser superada”.
Para Corrêa, esse ponto (a troca do presidente da Estatal) “é uma questão de alerta importante para o setor, pois o real continua se desvalorizando, o preço da gasolina e do petróleo estão em alta no mercado internacional e a temporada de viagens (driving season) nos EUA provoca um salto no consumo de combustíveis. Ou seja: os preços vão continuar subindo em reais. Quem sabe o ministro Guedes sopre no ouvido do chefe o que está pra acontecer”.