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Exportações do agronegócio e da indústria puxam elevação do PIB

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O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre, com alta de 1,2% sobre o quarto trimestre de 2020, foi puxado por atividades exportadoras, como a agropecuária e a indústria extrativa. Economistas do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão do governo, e da consultoria LCA Consultores e do banco Itaú Unibanco destacaram ainda a força da recomposição de estoques, para impulsionar a demanda, ao lado das exportações e dos investimentos.

Diante da perspectiva de registrar o segundo ano de safra recorde de grãos, com forte demanda externa e pouco atingida pelo isolamento físico causado pela pandemia, a agropecuária avançou 5,7% no primeiro trimestre, ante o quarto de 2020.

“Foi um resultado muito surpreendente, que mostra que o produtor está investindo cada vez mais na atividade para aumentar a produção e abastecer o País”, disse o diretor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Bruno Lucchi. Para o diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio, Eduardo Daher, o clima e o câmbio deverão ser determinantes para o desempenho da agropecuária nos próximos trimestres.

O desempenho da indústria também foi positivo, com alta de 0,7% na comparação com o quarto trimestre de 2020 — o avanço de 3% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado foi o melhor desempenho desde o primeiro trimestre de 2014, quando a indústria saltou 3,9%, antes da recessão de 2014-2016 se abater sobre a economia.

Para alguns economistas, o resultado teve a contribuição de um movimento de recomposição de estoques. Isso ajudaria a explicar o crescimento, apesar da fraca demanda doméstica, com queda no consumo das famílias. A variação de estoques ficou positiva em R$ 83,972 bilhões, após três trimestres de variação negativa. Nas contas da LCA Consultores, excluindo a variação de estoques, a economia teria uma retração de 1,6% sobre o quarto trimestre e não a alta de 1,2% verificada pelo IBGE.

Segundo Bráulio Borges, economista sênior da LCA Consultores, nos primeiros meses de pandemia, os estoques foram a níveis historicamente baixos. Por um lado, as fábricas pararam como nunca haviam feito antes, e, por outro, famílias e empresas correram para estocar bens, com receios de escassez. Na segunda metade de 2020, quando a maioria dos países reabriu parte das atividades, muitas fábricas retomaram a produção a pleno vapor, para recompor seus estoques. Ao mesmo tempo, o consumo se recuperou mais rapidamente do que se esperava e foi direcionado para os bens, pois as restrições aos gastos com serviços continuaram.

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