Home Sem categoria Etanol: importação no Brasil tem menor nível em 8 anos em junho
Sem categoria

Etanol: importação no Brasil tem menor nível em 8 anos em junho

Compartilhar

As importações de etanol pelo Brasil atingiram em junho o menor patamar em oito anos, com 15,06 milhões de litros, disse a S&P Global Platts nesta quarta-feira, indicando ainda que o Paraguai se tornou o principal fornecedor externo do biocombustível neste ano, após uma forte queda nas aquisições provenientes dos Estados Unidos.

No acumulado de 2021, de acordo com a Platts Analytics, as importações do produto pelo Brasil apuram queda de 72%, a 226,9 milhões de litros.

A companhia acredita que, diante desse cenário, há uma necessidade maior de os produtores se concentrarem na fabricação de etanol anidro na safra atual.

A Platts Analytics estima que as importações totais em 2021 caiam para 532 milhões de litros, o que representaria uma redução de 47% no ano a ano e o menor patamar desde 2015.

“A janela de arbitragem para importações está fechada desde abril de 2020, após uma forte desvalorização do real brasileiro e preços mais altos do etanol nos EUA”, disse a empresa em nota à Reuters, destacando também que, desde o final do ano passado, as importações de etanol norte-americano são taxadas em 20%, após o fim de um programa de cotas.

Considerando que os embarques provenientes do Mercosul não possuem tarifas, nos últimos meses o Brasil vem importando quase todo o seu volume do Paraguai, acrescentou a companhia.

Neste contexto, os analistas da empresa afirmam que a fabricação de etanol anidro em 2021/22 no Brasil deve atingir 10 bilhões de litros, maior nível desde 2018, se considerados tanto o etanol de cana-de-açúcar quanto o de milho –compensando uma queda na moagem de cana no centro-sul.

Os fortes preços e prêmios do anidro no mercado “spot”, combinados com a demanda resiliente por gasolina comum, que possui mistura de 27% de etanol anidro, sustentam o aumento de produção, indicou a nota.

“Os dados de produção mais recentes continuam a mostrar o compromisso dos produtores em tentar garantir que haverá anidro suficiente para ser misturado à gasolina até março de 2022”, afirmou a Platts.

A empresa não descartou, porém, que uma valorização do real em relação ao dólar possa tornar as importações mais atraentes a partir do início do quarto trimestre, frisando que o final da safra do centro-sul pode elevar os preços do biocombustível no mercado interno.

Compartilhar
Artigo Relacionado
MercadoSem categoria

Conab mantém projeção de recorde de produção de grãos em 2024/25

Companhia estima colheita de 322,4 milhões de toneladas, volume 8,2% maior do...

AgrícolaSem categoriaÚltimas Notícias

Monitoramento de produtividade de cana-de-açúcar com o uso do NDVI

A cana-de-açúcar é uma das principais culturas agrícolas do Brasil e de...

Sem categoria

Cbios: Governo pretende transferir regulação de títulos

A responsabilidade sobre a regulação financeira dos Cbios (Créditos de Descarbonização) poderá...

Etanol
Sem categoria

MME cria comitê para monitorar o suprimento de combustíveis e biocombustíveis

Ministério de Minas e Energia (MME) publicou, na última quinta-feira (10/03), a...