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Bioenergia

Ataques na Arábia podem aumentar preço do etanol no Brasil

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Ataques a instalações de petróleo na Arábia Saudita durante o fim de semana que levaram os preços da commodity a dispararem nesta segunda-feira podem ser considerados “uma espécie de 11 de Setembro do mercado do petróleo”, disse o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone.

Os sauditas viram mais da metade de sua capacidade de produção ser suspensa após os ataques, o que fez as cotações do petróleo chegarem a saltar quase 20% nesta segunda-feira. Os preços subiam por volta de 12% no início da tarde (horário de Brasília), após os Estados Unidos afirmarem que podem liberar reservas estratégicas para aliviar impactos na indústria.

Etanol e açúcar podem ganhar espaço

Os impactos devem chegar ao Brasil. Isso porque, segundo Ricardo Pinto, diretor da RPA Consultoria, se o petróleo sobe, consequentemente a gasolina também sobe. Mesmo se os efeitos são por conta de acontecimentos ocorridos fora do país.

“Com esses combustíveis internacionais subindo leva a Petrobras ser obrigada a subir a gasolina internamente. A gasolina subindo internamente fará, consequentemente com que o etanol suba junto, para continuar na relação atual de preços.”

“A gente não sabe ainda. Vamos ver como é que isso se Desenrola ao longo da semana. A gente ainda não tem notícias ainda muitos de como é que a Arábia Saudita vai fazer para voltar ao suprimento normal. O mercado hoje quando ele abriu no domingo, evidentemente que ele abriu bastante forte porque assim que acontece em horas de ruptura de oferta/demanda” afirma Arnaldo Corrêa, sócio-diretor da Archer Consulting.

A tendencia é o etanol subir. No entanto, destaca Archer, curiosamente, o etanol lá fora está com alta de apenas 1%. “O açúcar subiu bem, chegando a 3%. Acredito que será bom para o açúcar, visto que as usinas devem aproveitar uma eventual cobertura de posições das distribuidoras e vão vender seu etanol num preço melhor do que na semana passada”, adiciona.

É uma semana a ser observada, alerta os especialistas. Ainda não há todas as respostas. “Todavia, sem dúvida, eu acredito que a situação é muito mais positiva para o açúcar do que negativa”, conta o sócio-diretor da Archer Consulting.

Ricardo Pinto conta que a valorização da commoddity acontecerá por fatores ligados indiretamente ao produto. “O preço do açúcar sobe porque os valores dos fretes sobem. Então isso costuma também afetar do preço do açúcar. O petróleo subindo pode impactar nos fretes, fazendo o açúcar ficar mais caro mundialmente. Mas é relação mais leve. Com o etanol é automática”, finaliza.

 

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