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BrasilAgro tem prejuízo de R$ 30,15 milhões no terceiro trimestre de 2023/24

S. J. DO RIO PRETO, SP, BRASIL - 31.10.2022: Tereos Unidade Cruz Alta (Fotos: Diego Padgurschi / Divulgação)
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A BrasilAgro, empresa produtora de grãos e fibras e que também atua no mercado de terras, teve prejuízo líquido de R$ 30,15 milhões no terceiro trimestre do ano fiscal de 2024, encerrado em 31 de março.

O prejuízo foi 816% maior do que o registrado em igual período do ano fiscal anterior, de R$ 3,29 milhões. A margem líquida ficou negativa em 23%, contra margem também negativa de 1% no terceiro trimestre de 2023.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 5,61 milhões, 87% inferior aos R$ 44,175 milhões registrados no intervalo correspondente do ano passado. A margem Ebitda ajustado no trimestre foi de 4%, ante 18% há um ano. A receita líquida caiu 36% na mesma comparação, para R$ 121,78 milhões.

Segundo a companhia, o desempenho operacional foi afetado pela redução da área plantada de milho, devido a condições climáticas desfavoráveis durante a janela de plantio de algumas regiões, e pela queda de preços nas principais commodities, “resultando na diminuição das margens em todas as culturas”.

Em contrapartida, a empresa considerou acertada a decisão de postergar as vendas de soja, tendo em vista as recentes altas nas cotações. Destacou também a venda de 12.335 hectares (8.796 hectares úteis) da Fazenda Chaparral, na Bahia, anunciada em 26 de março, e o arrendamento de pouco mais de 7 mil hectares para produzir cana-de-açúcar no estado de São Paulo.

“Apesar dos desafios enfrentados ao longo do ano, como adversidades climáticas e oscilação dos preços das commodities, nossa estratégia combinada de negócios operacionais e imobiliários resultou em uma forte geração de valor”, disse o CEO da BrasilAgro, André Guillaumon.

Em coletiva com jornalistas, o executivo ainda levantou outros fatores, como o momento de preços positivos para o algodão e uma expectativa de redução nos custos de produção de 15% a 20% na safra 2024/25.

A BrasilAgro também informou que, devido à alta volatilidade no preço do milho, que acabou comprimindo as margens, diminuiu a área plantada com todas as culturas em 8% na safra 2023/24, para 171,32 mil hectares. A projeção de produção de grãos e algodão da temporada 2023/24 foi atualizada para 324 mil toneladas, redução de 27% em relação à estimativa inicial.

Para a safra 2024 de cana-de-açúcar, a BrasilAgro estima alcançar uma produtividade de 83,71 toneladas de cana por hectare e uma produção de 2,076 milhões de toneladas, ante as 79,16 t/ha registradas em 2023 e a produção de 1,975 milhão de toneladas.

A empresa informou que terminou o terceiro trimestre de 2024 com caixa e equivalente de caixa de R$ 201,151 milhões, 48% abaixo dos R$ 385,837 milhões contabilizados ao fim do ano fiscal de 2023.

O total do endividamento aumentou 39% entre 30 de junho de 2023 e 31 de março de 2024, chegando a R$ 773,088 milhões. A relação entre a dívida líquida ajustada e o Ebitda ajustado no mesmo período saiu de 0,11 vez para 1,26 vez. O custo médio da dívida é de 105% do CDI, conforme a empresa.

Com informações da Agência Estado/Audryn Karolyne

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