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DEDINI APOSTA EM DESTILARIAS DE ETANOL A PARTIR DO MILHO
A Dedini Indústrias de Base está apostando no mercado de etanol de milho, em ascensão no Brasil. A empresa já tem encomendas para construir três usinas nessa frente, cada uma com capacidade de produção de 30 mil l por dia.
As unidades foram encomendadas por produtores de milho de Mato Grosso e começarão a ser construídas em um mês. O prazo de entrega das plantas, com equipe operacional treinada, é de oito meses. Segundo Marcilio Nogueira do Amaral Gurgel, engenheiro de projetos industriais da Dedini, a companhia desenvolveu seu projeto de unidade de etanol de milho nos últimos três anos. A ideia surgiu diante da crise que afetou usinas que processam cana-de-açúcar e estão com alta ociosidade. Antes de optar pelo projeto de etanol de milho, a Dedini testou também unidades produtoras de etanol a partir de beterraba e sorgo sacarino.
As bases do projeto de usina de etanol de milho foram definidas após encontros com cooperativas, sindicatos rurais, produtores e visitas a regiões de Mato Grosso, a convite do governo do Estado.
BIOELETRICIDADE BRASILEIRA PODERIA ABASTECER QUASE DOIS PARAGUAIS
De janeiro a setembro deste ano, a biomassa, da qual o setor sucroenergético tem, em média, 85% de participação, comercializou 20.488 GWh no Sistema Interligado Nacional (SIN), volume 9% superior ao mesmo período em 2017, aponta um novo levantamento feito pela Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar) com base em dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A análise também indica que a bioeletricidade produzida no Brasil para a rede equivale a quase duas vezes o consumo de energia elétrica no Paraguai em 2017.
Segundo o gerente em Bioeletricidade da Unica, Zilmar Souza, a oferta de bioeletricidade também ajudou a economizar 14% da água dos reservatórios hidrelétricos do principal submercado do setor elétrico brasileiro, o Sudeste/Centro-Oeste, que no ano passado respondeu por aproximadamente 60% do consumo doméstico.
“Na primeira semana de outubro, estes reservatórios estavam com apenas 22% de sua capacidade. Isso dá uma dimensão de como a energia da biomassa tem sido estratégica justamente no período mais seco e crítico do ano para o setor elétrico”, ressalta o especialista da Unica.
CORTADOR DE CANA TEM DIREITO A DESCANSO POR 10 MINUTOS A CADA HORA E MEIA DE TRABALHO
Os ministros da Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenaram a Usina Alto Alegre S/A Açúcar e Álcool, do Paraná, a pagar os intervalos não usufruídos por um trabalhador rural durante a jornada no corte da cana-de-açúcar acrescidos do adicional de horas extras. Os ministros entenderam que a atividade ‘é pesada e contínua’ e permite a aplicação, por analogia, do artigo 72 da CLT, que estabelece pausas de 10 minutos a cada 90 minutos de trabalho para digitadores. A decisão foi unânime.
O relator do recurso de revista do cortador de cana, ministro Guilherme Caputo Bastos, observou que o Ministério do Trabalho aprovou a Norma Regulamentadora 31, que fixa pausas para descanso nas atividades realizadas em pé ou que exijam sobrecarga estática ou dinâmica. O objetivo é preservar a saúde dos trabalhadores que atuam na agricultura, pecuária, silvicultura, aquicultura e exploração florestal. Segundo o ministro, embora o texto da NR31 não defina claramente o tempo de descanso, o TST tem aplicado, por analogia, o intervalo previsto na CLT para os digitadores. Na sua avaliação, as duas atividades envolvem esforço repetitivo com excessivo desgaste físico e mental, o que justificaria a concessão da medida, “como forma de proteção à saúde do empregado”.
SETOR AGRÍCOLA COMEMORA DECISÃO DE TRUMP SOBRE MISTURA DE ETANOL
Grupos do setor agrícola e legisladores de Estados produtores comemoraram a decisão do presidente Donald Trump de autorizar as vendas de gasolina com uma mistura de 15% de etanol, conhecida como E15, durante todo o ano. Atualmente, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) proíbe a mistura de 15% de etanol durante o verão, por temores de que ela contribua para aumentar a fumaça em dias quentes. Normalmente, a gasolina nos EUA contém 10% de etanol. “Isso vai aumentar a demanda por produtos agrícolas e impulsionar nossas comunidades”, disse a senadora democrata Tina Smith, de Minnesota.
“Garantir acesso justo à E15 e a outras misturas de etanol tem sido nossa maior prioridade regulatória há muitos anos, e estamos contentes que o primeiro passo oficial nesse processo tenha sido dado”, disse Geoff Cooper, presidente e CEO da Associação de Combustíveis Renováveis (RFA), que representa o setor de etanol nos EUA. Alguns grupos observaram, porém, que isenções concedidas a pequenas refinarias de petróleo podem anular o aumento da demanda por etanol resultante da liberação da E15 nos meses de verão. A RFA vem insistindo para que a EPA faça cumprir as regras de mistura previstas no chamado Padrão de Combustíveis Renováveis (RFS).