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Entidades preveem recuo de 3,5% na safra 2021/2022 da cana de açúcar

Colheita de cana
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A produção da cana de açúcar continuará sofrendo os efeitos da pandemia na safra 2021/2022. Foi esse o posicionamento de entidades importantes no painel da Datagro, em Ribeirão Preto.

Segundo Bruno Freitas, economista da Datagro, a previsão é de um recuo de 3,5% no Centro-Sul, com queda refletida na produção de açúcar e etanol, derivados da cana.

Os dados apontaram que as usinas da região, que responde por cerca de 90% da produção sucroenergética brasileira, devem processar 586 milhões de toneladas da matéria-prima, mais de 20 milhões a menos do que o projetado para o término do ciclo 2020/2021, de 607 milhões de toneladas.

“A expectativa é que haverá atraso para o início da safra. Muito embora haja casos específicos de usinas já atentadas a iniciar a safra em março, por conta do aumento do preço do etanol, mas em um contexto geral é que haverá um pouco desse retardamento para o início das operações”, afirmou Freitas.

As projeções apontam ainda que a demanda mundial de açúcar deve ter um incremento no mix em relação ao etanol, chegando a 46,5% da destinação da matéria-prima.

“O açúcar já acumula um aumento [no preço] em torno de 13% em relação aos níveis pré-pandemia”, observou.

Já em relação ao adoçante, o cenário é de queda de 4,7% na produção, com 2 milhões a menos do que na última safra, e o total batendo em 36,7 milhões de toneladas.

No que tange ao etanol de milho, a estimativa é que o biocombustível deve ter um recuo de 4,1%, com 29,7 bilhões de litros.

Mesmo assim, Freitas orientou atenção ao mercado de etanol. “Os preços do etanol subiram bastante encostando na remuneração do preço do açúcar”, observou.

Safra 2020/2021

Se a safra da cana de açúcar 2021/2022 terá baixa, o mesmo não ocorre na que se encerra neste mês. A região Centro-Sul acumulou alta de 44,3% na produção de açúcar, mas uma baixa de 11,5% na produção de etanol hidratado.

Os dados da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) mostraram que, perto do encerramento da safra 2020/2021, as indústrias produziram, entre abril do ano passado e o final de fevereiro, 38,24 milhões de toneladas do adoçante, contra 26,49 milhões de toneladas no ciclo agrícola anterior.

“O Brasil conseguiu testar uma capacidade de produção de açúcar que não havia sido testada nas safras anteriores”, afirmou Bruno Freitas.

A Unica informou que a moagem segue em alta de 3,25%, com um montante de 598,79 milhões de toneladas de matéria-prima processada.

Com esses números, a participação do açúcar corresponde a 46,19% do mix de produção das usinas – em 2020 era de 34,4%.

Apesar da queda, segundo a Unica, os estoques do produto seguem 11% maiores do que no ano passado e não devem ter problemas de demanda.

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