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Entregas de fertilizantes devem aumentar em até 10% em 2023

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As entregas totais de fertilizantes neste ano poderão ser de 7% a 10% maiores em comparação ao que foi desembarcado no Brasil em 2022, que totalizou 41 milhões de toneladas, informa o relatório Visão Agro, da Consultoria Agro do Itaú BBA, divulgado nesta segunda-feira (31/07).

O volume de fertilizantes este ano deve, ainda, contar com uma importação entre julho e dezembro projetada em 19,8 milhões de toneladas.

Além disso, as compras dos fertilizantes para aplicação no segundo semestre estão um pouco menores que no ano passado. Segundo os últimos dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), até abril, as entregas foram de 10,8 milhões de toneladas, representando queda de 4,4% comparado com 2022.

As estimativas da consultoria consideram a queda das últimas semanas nos preços dos fertilizantes em relação ao ano passado como um fator para o salto no consumo.

Os indicadores das relações de troca das commodities com fertilizantes, por exemplo, mostram que a maioria dos produtos está abaixo das médias históricas dos últimos cinco anos e, em alguns casos, até nas mínimas históricas.

Os analistas Annelise Izumi e Pedro Simionato apontam a menor aplicação de produtos em 2022 como um outra causa para o aumento do consumo da reserva dos macronutrientes do solo em algumas regiões, o que implicará na reposição de nutrientes e em mudanças no manejo.

 

Riscos

Para os analistas, os riscos logísticos e de atraso no recebimento dos produtos no momento ideal de aplicação aumentam se as próximas janelas de compras forem concentradas, afetando a logística portuária e podendo enfrentar interrupções até chegar às fazendas.

No Brasil, as importações no primeiro semestre do ano foram de 15,2 milhões de toneladas, valor 14,5% menor em relação ao mesmo período de 2022.

Segundo a ANDA, o menor volume de importações é proveniente de estoques de passagem de 2022 para 2023 maiores, da ordem de 8,4 milhões de toneladas.

A Rússia continua sendo o principal país fornecedor de fertilizantes para o Brasil, sendo que, no acumulado até junho, representou 28% das compras externas. Já o Canadá é o segundo principal, com representatividade de 15%.

Isadora Camargo  — Globo Rural

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