O principal alvo do governo é segurar a alta nos preços dos combustíveis, mas especialmente do diesel. Tanto o diesel comum quanto o S-10, registraram alta, no comparativo com dezembro de 2021. Na média nacional, o combustível fechou janeiro com o litro vendido a média de R$ 5,770, alta de 2,81%, e o tipo S-10 registrou acréscimo de 2,68%, com o valor de bomba que passou de R$ 5,676 para R$ 5,828.
De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, a determinação é reduzir os impostos federais do diesel, que é o fator mais complicado. “Sei que a população sofre com a questão da gasolina, mas o diesel é o que transporta os alimentos e as pessoas nas grandes cidades”, declarou Nogueira em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, na madrugada desta segunda-feira, 7.
A ideia é que haja condições para que os governadores também reduzam. De acordo com o ministro, o governo de Jair Bolsonaro se preocupa em manter a estabilidade do país, fundamental para conter o avanço do dólar e evitar novas altas dos combustíveis.
“Hoje temos um dólar que não deveria estar nesse valor. Era para estar abaixo de R$ 5, e acho que vamos chegar nisso. Passamos por muita instabilidade, muitos problemas, saímos do meio de uma pandemia”, disse.
Ele ainda ressaltou os obstáculos impostos pela necessidade de importação de cerca de 30% do refino do petróleo, atribuída à falha na conclusão de refinarias como a Abreu e Lima, em Pernambuco, e a Premium I, no Maranhão. O Brasil seria autossuficiente e estaria menos suscetível ao ambiente externo caso a Petrobras tivesse concluído essas obras, de acordo com o ministro em entrevista.
