A Biosev, companhia sucroalcooleira controlada da Louis Dreyfus Company, informou em fato relevante que está em discussões relacionadas à extensão e renovação de parte de seus endividamento bancário, que é de aproximadamente R$ 3,66 bilhões.
No fim do terceiro trimestre da safra 2017/18 (encerrado em dezembro), a Biosev registrava um passivo de R$ 10,08 bilhões, que incluía R$ 2,75 bilhões de pré-pagamentos comerciais e R$ 5,45 bilhões de dívida bancária, da qual R$ 2,10 bilhões será devido nos próximos 12 meses seguintes.
No comunicado, assinado por Paulo Prignolato, diretor financeiro da Biosev, a companhia disse que “informará ao mercado sobre o resultado destas discussões”.
Resultado
Em fevereiro, a empresa informou que saiu do azul para registrar um prejuízo líquido de R$ 278,686 milhões no terceiro trimestre da safra 2017/18 (encerrado em dezembro). No mesmo período da safra passada, a empresa registrou lucro de R$ 42,787 milhões.
Nos três primeiros trimestres da safra atual, a empresa acumulou prejuízo de R$ 823,141 milhões, quase três vezes maior que no acumulado da safra passada.
A receita com vendas ficou praticamente estável no terceiro trimestre, em R$ 1,535 bilhões. No acumulado da safra, o faturamento recuou 5,6%, para R$ 5,148 bilhões.
Um dos fatores que mais pesaram negativamente no resultado líquido foi o aumento dos encargos financeiros. As despesas financeiras no terceiro trimestre mais do que duplicaram em relação ao mesmo intervalo da safra anterior, somando R$ 451,594 milhões. Apenas a variação cambial foi responsável por perdas de R$ 237,395 milhões.
Dívida
Na divulgação dos resultados, a Biosev também informou que seu conselho de administração aprovou a nova política financeira e de gestão de riscos da empresa, que hoje prevê um limite de 3,5 vezes para a relação entre dívida líquida ajustada e lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado (alavancagem). O alvo para esse indicador passa a ser de 2,5 vezes. (Valor Econômico)