Desde a máxima de 12.92 cents de dólar por libra-peso, de 14 de junho, o contrato de outubro do açúcar na bolsa de Nova York caiu quase 11%. Nesta semana recuou em todos os dias, até sair nesta quinta (18) em 11.55 c/lp, abaixo de seu custo de produção no Brasil.
Todavia, ainda existe uma remota chance reação, contando com uma dose de boa vontade de fatores da safra brasileira em andamento no Centro-Sul, analisa a publicação do jornal Money Times.
A palavra reação pode suscitar algo significativo, mas no caso é um pouco sobre o nada. Maurício Muruci, da Safras & Mercado, pensa em alguns cenários que poderiam levar o açúcar a voltar aos 12 c/lp. Um luxo.
Afinal, o fator Índia, pesando com seu subsídio às exportações, de 13 c/lp, com possibilidade de ampliação por parte do governo e elevando de 4 para 6 milhões ou mais toneladas, mantém os estoques mundiais confortáveis sobre uma demanda com pouca elasticidade.
Daí que os potenciais pontos de reação, por parte do Brasil, são tímidos, ou seja, o açúcar pode ao menos não ser tão desvalorizado.
As geadas sobre a cana terão extensão conhecida na virada do mês. Uma possível queda na matéria-prima poderia reduzir a produção de açúcar (e também do etanol).
Algum impacto terá, sim, mas mais ainda na safra 19/20 (como trouxe Money Times em 08/07), porém a considerar o volume, coincidirá com a entrada da curva de queda da atividade produtiva tradicional do setor sucroenergético, na visão do analista.
A partir de agosto, ápice da safra, a produção declina, inclusive porque a cana do terceiro terço é sempre menos produtiva.
Etanol
Enquanto isso o etanol surfa no consumo e deixa a usinas flex (especialmente as mais modernas, sem limitação de sua capacidade produtiva) fora do risco açúcar.