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Conab reduz estimativa para a produção de cana em 2021/22
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A seca e as geadas na região Centro-Sul entre junho e julho levaram a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a reduzir novamente sua estimativa para a produção de cana-de-açúcar no país em 2021/22. Em seu terceiro levantamento sobre a temporada, a estatal passou a prever um volume de 568,43 milhões de toneladas, ante as 592 milhões projetadas em agosto. O novo número representa uma redução de 13,2% na comparação com o ciclo 2020/21.
Somente no Centro-Sul, a estimativa caiu para 520,88 milhões de toneladas, 13,6% menos que na temporada anterior.
A Conab também reduziu a estimativa para a concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) nas lavouras, agora calculada em 137,7 quilos por tonelada de cana, ante as 140,5 Kg/t previstas no último relatório e com baixa de 4,4% ante 2020/21.
Com menos matéria-prima, a Conab reduziu sua estimativa para a produção brasileira de açúcar em 3 milhões de toneladas, para 33,93 milhões. Na temporada passada, foram 41,25 milhões de toneladas (queda de 17,8%).
A estatal também reduziu sua projeção para a produção de etanol de cana em 2020/21 de 25,9 bilhões para 24,8 bilhões. Se confirmado, esse volume será 6,6% mais baixo que o total produzido na safra passada.
Etanol de milho
Para a produção de etanol feito a partir de milho na safra atual (2021/22), a Conab elevou sua estimativa de 3,36 bilhões para 3,47 bilhões de litros, 14,9% mais que na temporada 2020/21.
O Centro-Oeste segue como o grande produtor do etanol de milho, e deverá responder por 97% da oferta nacional. Para Mato Grosso, a Conab estima que a produção ficará em 2,98 bilhões de litros, um incremento de 15,9% ante a safra passada.
Já em Goiás, a produção deverá ser menor nesta safra por causa dos preços de milho mais elevados no Estado. A Conab estima que as usinas goianas produzirão 378,45 milhões de litros nesta safra a partir do grão, queda de 26%.
“Apesar da menor oferta de milho na safra 2020/21, redundando em elevados preços para o grão, a recente valorização do etanol estimulou as usinas a disputarem o cereal de maneira agressiva no mercado disponível, tanto em Mato Grosso quanto em Goiás”, diz a Conab.
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