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Edição 200

DROPES

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ÍNDIA: FALTA DE ÁGUA PREJUDICA PLANTIO DE CANA

Produtores de Maharashtra, estado indiano líder na produção de açúcar, estão sendo forçados a substituir a cana por cultivos com menos necessidade de água. O motivo é uma seca devastadora, que acabou levando as autoridades a reter a água nas represas.

A queda nos plantios para a temporada 2016/17 – um terço, segundo autoridades – vem após a falta de chuvas atingirem milhares de hectares de cana, o que faz com que a produção de açúcar da Índia caia abaixo do consumo pela primeira vez em sete anos, ameaçando cortar exportações e elevar os preços globais.

Os principais reservatórios de água da Índia estão com 44% da capacidade e alguns reservatórios em Maharashtra possuem apenas 8% da capacidade, o que leva a crer que a área cultivada com cana será pelo menos 35% menor na próxima temporada.

CHINA DEVE SER O MAIOR IMPORTADOR DE AÇÚCAR BRUTO EM 2016

A China provavelmente ultrapassará a Indonésia e se tornará o maior importador global de açúcar bruto em 2015/16. A crescente demanda chinesa, que teve sua produção doméstica limitada pela falta de chuvas, elevará a importação de açúcar para entre 4 e 5 milhões de t em 2015/16.

Esses números devem crescer depois da forte nevasca enfrentada pelo país no final do mês de janeiro, que atingiu a principal região produtora de cana da China, Guangxi, e que certamente deverá impactar o terceiro maior produtor de cana do mundo.

NOVA SAFRA DEVE AUMENTAR COMPETITIVIDADE DO ETANOL

A redução do ICMS sobre o etanol hidratado em março do ano passado proporcionou maior competitividade aos preços do combustível entre abril e outubro de 2015. Caso as perspectivas do presidente da Siamig, Mário Campos, se concretizem, a partir de abril de 2016, os consumidores poderão encontrar preços mais em conta.

“Entre abril e outubro do ano passado, os mineiros encontraram, em quase todos os postos de combustíveis do Estado, um etanol competitivo, o que fez com que o consumo tenha sido muito bom. Ele só não está competitivo hoje por causa da nossa entressafra. A expectativa para 2016/17, que se inicia em abril, é que a gente aumente os retornos”, considera.

PETROBRAS QUER VENDER USINAS DE ETANOL E BIODIESEL

Com dificuldades para encontrar compradores para a maior parte dos negócios que colocou à venda, a direção da Petrobras poderá abrir mão do controle ou até vender empresas inteiras, e não mais participações minoritárias, como era o plano inicial. Essa disposição envolve somente áreas fora da atividade principal da companhia, de exploração, produção e refino de petróleo.

A intenção da estatal é se desfazer de termelétricas, usinas de biodiesel e etanol, fábricas de fertilizantes, sua transportadora de gás natural (TAG) e a fatia na petroquímica Braskem, além de operações na África, na Argentina, no Japão e nos EUA. Isto porque a estatal precisa arrecadar pelo menos US$ 14,4 bilhões até o final do ano para reduzir sua dívida líquida, de US$ 100 bilhões, que a coloca como a petroleira mais endividada do mundo. Em 2015, a empresa somente conseguiu vender 49% da Gaspetro, colocando US$ 1,9 bilhão no caixa.

Uma das principais apostas é a venda das térmicas. No ano passado, a estatal queria se desfazer de participações minoritárias nas suas 20 usinas. Como as sondagens mostraram que não haveria interessados, o plano agora é tentar vender um pacote de cinco a oito usinas inteiras. Até o momento, a Petrobras procura um parceiro na BR Distribuidora, mirando abrir o capital da companhia quando o cenário econômico melhorar. Na Transpetro ainda não existe um modelo definido para a venda, mas a tendência é buscar um sócio.

VENDA DE TÍTULOS FINANCIA PRODUÇÃO CANA E ETANOL

Os investidores do mercado de capitais também estão de olho no financiamento do agronegócio brasileiro. O volume de CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio, títulos de dívida que pagam juros) passou de R$ 2 bilhões em 2014 para R$ 6,4 bilhões em 2015. Os recursos servem para financiar a expansão da produção ou bancar a operação de empresas.

No setor sucroalcooleiro, o BB já fez captação via CRA para o produtor de cana Alami Candido de Paula. Também levantou recursos para as usinas Nardini e Vale do Tijuco produzirem o etanol e ainda financiou a distribuição pela Copersucar. Os escritórios de advocacia, que preparam a documentação necessária das emissões, também investem para atender o agronegócio. Alexei Bonamin, do TozziniFreire Advogados, disse que o ano começou aquecido para a emissão de CRAs. O escritório está trabalhando atualmente em seis ofertas.

Diante do crescimento das ofertas, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) vai fazer uma regulamentação específica para os CRA, mas a principal mudança à vista deve passar pelo Congresso. Os parlamentares votarão projeto de lei que autoriza a emissão de CRAs indexados ao dólar. Segundo a autora do projeto, a deputada Teresa Cristina (PSB-MS), o objetivo é possibilitar a entrada de fundos estrangeiros como investidores no setor.

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