O anúncio feito pela Índia ontem (5) sobre a autorização para a importação de 500 mil toneladas de açúcar, pressionou as cotações da commodity na bolsa internacional. O volume está cerca de 2 milhões de toneladas abaixo das expectativas do mercado.
"Maior produtor mundial, a Índia deve registrar um déficit de quase 4 milhões de toneladas na oferta interna na atual temporada, quando a produtividade das lavouras foi comprometida pelo clima quente e seco na região. A medida era esperada pelo mercado e deu fôlego às cotações no início do ano", informou ainda a análise do Valor de hoje (6).
Por isso, os preços do açúcar mantiveram-se em baixa nos mercados externos ontem (5). Em Nova York, a tela maio/17 caiu seis pontos, com negócios fechados em 16.10 centavos de dólar por libra-peso. O vencimento julho/17 teve queda de nove pontos, com negócios firmados em 16.24 centavos de dólar por libra-peso. Nos demais contratos as baixas variaram entre 13 e 21 pontos.
Londres também teve os preços depreciados em todos os vencimentos. Na tela de maio/17, a commodity fechou cotada a US$ 464,20 a tonelada, baixa de 10 cents de dólar no comparativo com a véspera. O lote agosto/17 fechou cotado a US$ 459,70 a tonelada, queda de 2,40 dólares. Nas demais telas, os preços caíram entre 3,00 e 4,20 dólares.
As importações isentas de tarifas seriam permitidas até 12 de junho, afirmou a fonte, na condição de anonimato, uma vez que não está autorizada a falar com a mídia.
A Índia cobra um imposto de importação de 40 % sobre o açúcar.
A produção de açúcar da Índia na temporada 2016/17, que começou em 1 de outubro, deverá cair para 20,3 milhões de toneladas, ante 25,1 milhões de toneladas no ano anterior.
A Índia iniciou o ano 2016/17 com estoques de 7,75 milhões de toneladas da safra do ano passado
(Fonte: Reuters)