As usinas flex, que possibilitam a produção do etanol por meio do processamento da cana-de-açúcar e do milho, estão impulsionando a produção do etanol de milho no Brasil. Atualmente, o Mato Grosso conta com usinas sendo três flex e uma, em Lucas do Rio Verde, que atua apenas com milho.
De acordo com dados da Unem (União Nacional do Etanol de Milho), existem projetos para que pelo menos outras sete usinas de etanol de milho sejam construídas ou ampliadas no Centro-Oeste e que nos próximos anos seja alcançada uma produção anual de 3 bilhões de litros.
Um levantamento realizado por Marcos Fava Neves, professor da USP/Ribeirão Preto e EAESP/FGV, aponta que uma planta industrial exclusiva para produção de etanol de milho tem um custo estimado em US$ 90 milhões, enquanto que o projeto de uma flex para operar em conjunto (cana e milho) durante todo o ano tem um custo estimado em US$ 60 milhões. Já para processar o milho somente na entressafra da cana, que é considerado um modelo “flex integrado”, o investimento estimado é de US$ 20 milhões.
A Agroicone aponta em um estudo que a instalação de uma usina de etanol de milho que produz 500 milhões de l de etanol ao ano, além de dos coprodutos DDGs (Dried Distillers Grains), óleo de milho bruto e eletricidade, apresenta uma capacidade de gerar um valor de produção total de R$ 2,5 bilhões, um PIB de R$ 910 milhões e aproximadamente 4,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos.
De acordo com a organizadora da Fenasucro&Agrocana 2019, projetos, produtos e serviços voltados a plantas flex poderão ser conferidos durante a 27ª edição da maior feira do setor sucroenegético do mundo, que acontecerá de 20 a 23 de agosto, em Sertãozinho (SP).