CLEALCO É MULTADA POR QUEIMA ILEGAL DE CANA
A Usina Queiroz, controlada pelo Grupo Clealco, foi multada em R$ 251 mil por crime ambiental em virtude da queima irregular no cultivo de cana-de-açúcar. De acordo com informações da Polícia Ambiental, os policiais foram atender uma ocorrência de queimada registrada no satélite de monitoramento e, quando chegaram ao local, constataram a queima ilegal em uma área de 251 ha. Durante a vistoria, os policiais constataram a plantação de cana estava com mais de dois metros de altura e, portanto, em ponto de corte. Além disso, os satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais teriam captado focos de queimada durante todo o dia, caracterizando que não houve um efetivo combate às chamas.
A usina foi multada por fazer uso de fogo em área agropastoril, sem autorização do órgão competente. O valor é equivalente a R$ 1 mil por há queimado.
Em nota, a Clealco esclareceu que não se trata de queima ilegal e sim de uma prática criminosa, que foi levada ao conhecimento das autoridades competentes pela própria empresas. A Companhia disse ainda que há mais de três anos não realiza e nem incentiva a prática de qualquer queima de cana, utilizando a colheita mecanizada em suas operações.
BIOENERGÉTICA AROEIRA PASSA A PRODUZIR AÇÚCAR NA TEMPORADA 2017/18
A Bioenergética Aroeira, localizada em Tupaciguara, MG, iniciou a safra 2017/18 com uma novidade: a indústria agora também produzirá açúcar. No total, a moagem da unidade, que teve início em abril, deve atingir cerca de 1,38 milhão de t de cana-de-açúcar processadas até novembro deste ano.
O investimento para a fábrica de açúcar começou em meados de agosto de 2016 e o tipo de açúcar produzido é o VHP, utilizado como matéria-prima para a produção de açúcar refinado ou em outros processos de industrialização, a fim de transformá-lo em diferentes tipos de açúcar para o consumo. Com capacidade inicial de 12 mil sacas de açúcar de 50 kg, a ideia é evoluir a produção para até 15 mil sacas por dia. Todo o produto será destinado ao mercado externo.
ASSEMBLEIA DE CREDORES DA RENUKA APROVA VENDA DA USINA REVATI
A Renuka do Brasil aprovou, em assembleia de credores, o aditamento ao plano de recuperação judicial que prevê a venda da Usina Revati, em Brejo Alegre, SP. A decisão encerra quatro meses de esforços por um acordo que compensasse o cancelamento do leilão da Usina Madhu, em Promissão, SP, em janeiro.
O processo de recuperação judicial da Renuka do Brasil se arrasta desde outubro de 2015. No ano passado, os credores aprovaram um plano que previa a venda da Usina Madhu. A unidade foi a leilão em dezembro por R$ 700 milhões, mas não atraiu interessados. Para janeiro estava previsto outro leilão, com lances livres, só que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pediu a suspensão do pregão por ser titular das garantias hipotecárias. Desde então, a companhia vinha tentando marcar outras assembleias para tratar da situação da empresa, inclusive com uma proposta de leilão de venda de outra usina, a Revati.
A Revati, que tem capacidade instalada para moer 4 milhões de t de cana por safra, deve ser leiloada como uma Unidade Produtiva Isolada (UPI), ou seja, sem pendências para o comprador. Com o dinheiro a ser arrecadado em uma eventual venda, a Renuka do Brasil espera pagar 30% do crédito dos bancos. A dívida estimada da companhia supera R$ 2 bilhões.
USINA DA FAMÍLIA BUMLAI ADIA MAIS UMA VEZ PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Com dívida que ultrapassa R$ 1,5 bilhão, a Usina São Fernando, de propriedade da família do pecuarista José Carlos Bumlai, pediu mais uma vez a suspensão da assembleia de credores, que tenta aprovar o plano de recuperação da indústria. A usina enfrenta vários pedidos de falência e está em recuperação judicial desde 2013. O processo tramita na 5ª Vara Cível de Dourados.
A administradora judicial Vinicius Coutinho Consultoria e Perícia informou que durante a reunião dos credores, no mês de abril, a São Fernando pediu mais uma vez a suspensão da assembleia para apresentar um novo plano aos credores. O juiz Jonas Hass Silva Junior marcou a retomada da assembleia para o dia 1º de junho deste ano. Foi a terceira vez em 50 dias que a assembleia foi suspensa sem aprovar o plano de recuperação judicial.
O processo de recuperação judicial da São Fernando começou em abril de 2013. São centenas de credores, entre eles empresas e produtores locais de Dourados, fornecedores e cooperativas de outros estados e bancos, como o BNDES, Banco do Brasil, Bradesco, Pine e Bonsucesso.
Em fevereiro deste ano, a gestora americana de fundos Amerra fez uma nova proposta para comprar a São Fernando. Ao BNDES, um dos principais credores da indústria e autor de um dos pedidos de falência, a Amerra propôs quitar a dívida que a usina tem com o banco e parcelar o restante a pagar, quase R$ 270 milhões, por 17 anos, corrigido pela TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo TJLP).